Bem antes da informatização, as redações viviam cheia de papéis. Sem internet ou intranet, era necessário o serviço de contínuos, jovens que ficavam encarregados de fazer serviços internos. Com o tempo, os garotos aprendiam algumas coisas e até chegavam a palpitar nas matérias.
E essa história foi contada pelo jornalista Mauritônio Meira. Ele era responsável pelo plantão de polícia do jornal Última Hora. Era um plantão noturno e ele fazia a ronda, aquele serviço de ficar ligando para as delegacias em busca de alguma 'novidade'. Mas tudo estava morno. De repente, o telefone toca. Um leitor anônimo dizia que o vizinho acabara de matar a mulher e a amante no bairro de Bonsucesso, e que uma multidão queria linchar o assassino. Meira gritou para o fotógrafo e os dois correram para a garagem do jornal. Quando já estavam saindo do prédio, aparece o Pesanha, o contínuo.
- Pra onde vocês vão? - perguntou ele.
- Bonsucesso!
-Me dá uma carona?
- Claro.
Porém, o repórter e o fotógrafo não encontravam a rua onde havia ocorrido o crime. Davam voltas e voltas, e nada. Enquanto isso, Pessanha dormia no banco de trás.
- Acorda Pessanha. Não encontramos nada. Vamos voltar pro jornal. Você vai ficar onde?
- Eu fico nessa esquina mesmo, respondeu o contínuo.
Na verdade, foi o próprio Pessanha que havia ligado para a redação a fim de descolar uma carona pra casa.
Um comentário :
Bulga,
Você que gosta de um botequim, postei uma dica e informação sobre a cerveja. rss
Abraços e bom trabalho.
Pimenta Maringá!
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