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sexta-feira, setembro 21, 2007

CAUSOS DA IMPRENSA 7

Todo lançamento de jornal ou até mesmo uma mudança gráfica (como ocorreu no ano passado em O Diário) necessita de treinamento de toda a equipe e a produção de uma edição de número zero, que não vai para as bancas ou assinantes. É uma edição para se ter uma idéia de como funcionará a redação diante do novo conceito jornalístico (gráfico e editorial). E essa história registrada pelo jornalista Guilherme Duncan de Miranda mostra como foi a feitura do número zero do Jornal da Tarde. Quem já participou da fundação de um novo jornal sabe como é frustrante escrever textos que não serão publicados. Geralmente a matéria é pautada, apurada, escrita, editada e impressa. Só que o jornal não vai para a rua.
Na década de 60, o Jornal da Tarde, vespertino de O Estado, treinava a equipe. O repórter Celso Kinjô recebeu a pauta sobre o transito na capital paulista. Recebeu e foi para o cinema. No final da tarde, voltou a redação e inventou umas 200 boas linhas. acreditando que aquele texto teria vida efêmera e que serviria apenas para o treinamento, algo para o consumo interno.
Porém, tudo pode acontecer. A matéria estava tão boa que foi guardada pelo editor e publicada na primeira semana de vida do Jornal da Tarde.
Depois, só restou ao jornal prestar alguns esclarecimentos. Mas Celso não foi demitido. Ao contrário: fez uma bela carreira no jornal e em outros órgãos e sempre exerceu a profissão com muita competência.
(Retirado de Revista de Comunicação - Ano 3 - numero 11- 1987)

Recado do Barbosinha - Se isso ocorresse em certos jornais de hoje, o que teria acontecido?

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