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segunda-feira, janeiro 31, 2011

Poltergeist no Rio Grande do Sul



FENOMENOS PARANORMAIS
POLTERGEIST NO RIO GRANDE DO SUL
REVISTA PLANETA JULHO 1990
Recentemente a televisão brasileira noticiou um caso de poltergeist que vem ocorrendo em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, há mais de dois anos. O fenômeno envolve toda uma família, que já presenciou, entre outras coisas, cenas de fogo espontâneo e objetos "voando" soltos no espaço. Philippe van Putten esteve no local e relata aqui o que viu.
Os filmes de terror e de ficção científica, são comuns os momentos de tensão em que forças paranormais maléficas, de origem desconhecida, interferem violentamente nas vidas das pessoas, produzindo grandes estragos materiais e psicológicos. As cenas, cada vez mais realistas, chegam a motivar sustos, calafrios e até pesadelos entre os mais impressionáveis. Mas logo tudo passa, porque nada do que foi visto na tela aconteceu de verdade.
Qual seria a nossa reação se, de súbito, alguns dos fenômenos que só vemos nos filmes passassem a ocorrer em nossa própria casa? O que iríamos pensar se víssemos os -nossos móveis e utensílios domésticos se deslocando sozinhos pelo ar ou se flagrássemos as nossas roupas pegando fogo sem nenhuma causa aparente?
Por incrível que possa parecer, fenômenos dessa natureza acontecem há séculos, sem o auxílio da moderna tecnologia que viabiliza os fantásticos efeitos especiais do cinema. A ocorrência de movimentos paranormais de objetos, raps (pancadas misteriosas na estrutura de um recinto e em seus móveis) e a eclosão espontânea e inexplicável de fogo (parapirogenia) caracterizam uma grande parcela dos casos de poltergeist (palavra alemã que significa "espírito barulhento").
Alan Gauld e Anthony D. Cornell, membros do Conselho da SPR - Society for Psychical Research -, de Londres, em seu volumoso livro Poltergeists (Routledge & Kegan Paul, 1979), relatam incidentes do gênero que remontam aos primeiros séculos da Era Cristã.
Os poltergeists foram documentados nos mais variados cantos do planeta, entre grupos culturais diversos. No Brasil, a investigação do fenômeno tem, como principal expoente, o pesquisador e engenheiro Hemani Guimarães Andrade, fundador do IBPP (Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofisicas). O prof. Hemani, conhecido internacionalmente, investigou 32 casos e contribuiu imensamente para a evolução dos estudos nesse campo.
Após uma conversa telefônica com o professor, nos entusiasmamos com a idéia de fazer uma viagem ao Sul do País, onde nos informaram estar acontecendo um poltergeist. Sob os auspícios da ABP - Academia Brasileira de Paraciências -, voamos para Porto Alegre, Rio Grande do Sul, com o propósito de promover levantamentos preliminares acerca do fenômeno.
Na manhã de 17 de maio de 1990, com o apoio de uma equipe da RBS TV Gaúcha, seguimos para a Vila Santa Rosa, bairro da periferia de Porto Alegre. Entramos numa rueia de barro e paramos diante da humilde moradia onde estranhos fenômenos vinham sendo observados. Poucas semanas antes, a equipe da RBS TV Gaúcha conseguira filmar uma parapirogenia segundos após a sua eclosão. Na mesma época, um câmera do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) registrou o momento em que a roupa de uma das moradoras da casa começou a pegar fogo. As duas gravações tornaram-se documentos muito importantes, uma vez que o poltergeist é, normalmente, muito evasivo, cessando repentinamente diante de câmeras e de pesquisadores. O próprio Hernani Guimarães Andrade, por exemplo, até hoje não teve a oportunidade de ver o fenômeno em ação.
Na casa, fomos recebidos por Blonilda Andrades Cardoso, de 55 anos, que pacientemente nos descreveu os acontecimentos. Blonilda, dona da casa, nos acompanhou pelos pequenos cômodos, mostrando a quantidade assustadora de danos causados pela parapirogenia e pelo "quebra-quebra" de objetos lan dos por forças paranormais.
No terreno em que estávamos existem três construções: uma de alvenaria, à entrada, que ainda está pronta, e outras duas nos fundos - uma de alvenaria e outra de madeira. Nas duas casas dos fundos o fogo paranormal danificou colchões, lençóis, cobertores e quase todas as peças de roupa da família.
Jorge Luís Andrades, filho de Blonilda, teve de pedir emprestadas para poder ir trabalhar.
Na casa de madeira em que mora Mirian Andrades de 35 anos, irmã de blonilda,nem a máquina de costura escapou do fogo.
Blonilda e seus familiares perderam qyase tudo em função da parapirogenia e do vôo dos objetos.
Aposentada pelo INPS, ela não sabe como vai fazer para cobrir os imensos prejuízos sofridos.
Em casos como esse, em geral existe um epicentro humano, isto é, uma pessoa que, inconscientemente, atua como vetor das forças do poltergeist. Segundo Blonilda Andrades, desde 10 de maio os fenômenos que vinham ocorrendo na casa cessaram. Naquele mesmo dia, Marli, uma moça que morava com a familia, viajou para Alegrete, no interior gaúcho. A partir dessas infor¬mações, foi fácil detectar o epicentro do poltergeist.
Concentrando a atenção no histórico do convivio da jovem com a família, descobrimos que os primeiros fenômenos foram observados ao redor de março de 1988, poucos meses após o início da relação entre eles.
Marli Freitas de Oliveira, de 26 anos, namorada de Jorge Luís Andrades, parece levar consígo o poltergeist para todos os lugares em que vai. Ela e o namorado moravam num casebre, nos fundos de um terreno que fica quase em frente ao de Blonilda. Naquele terreno, numa casinha de madeira, cerca de 10 metros distante da moradia de Marli, residem Inês Darolt Cardoso, seu marido Jean Danilo Cardoso (também filho de Blonilda) e Gislaine Darolt Cardoso, de 6 anos, filha do casal. O poltergeist foi observado em todas as casas da família, mesmo quando Marli se encontrava distante, do outro lado da rua. Curiosamente, o fenômeno não se propagou para nenhuma das casas vizinhas, permanecendo restrito aos ambientes habitados pelos dez componentes da família.
Quando tudo começou, em 1988, a parapirogenia não ocorria. Os fenômenos se limitavam ao deslocamento paranormal de objetos. O fogo foi visto pela primeira vez em 25 de março deste ano. Em todas as casas, móveis e utensílios foram vistos "voando" e dançando sozinhos. Já em março de 1988, Blonilda acompanhara as andanças de um copo sobre a mesa e os movimentos ordenados das cadeiras, que se moviam como se tivessem inteligência.
A parapirogenia nas quatro casas costuma ser precedida por um cheiro de queimado. O odor surge antes da fumaça e do fogo, colocando todos em alerta. Na casa de Blonilda, um armário incendiou-se por inteiro, queimando uma parte do teto. A combustão se dá até quando Marli está dormindo. Numa ocasião, o próprio colchão em que ela estava começou a queimar e o fogo chegou a atingi-Ia no pescoço.
Estivemos em todas as casas verificando o saldo de danos deixados pelo poltergeist. Na casa de Inês e Jean, um armário de louças da cozinha foi visto rodopiar no próprio eixo e, segundo nos contaram, o fogão foi várias vezes encontrado flutuando a um palmo do chão. A porta do banheiro pegou fogo de repente, e o mesmo aconteceu com al¬guns móveis da cozinha.
Apesar de o fogo espontâneo ser usualmente apagado com água, Inês e Bionilda disseram que, em muitas ocasiões, viram a roupa molhada, pendurada no varal, começar a queimar. Certo dia, a combustão ocorreu em roupas que estavam sob a chuva.
Numa análise superficial, não encontramos vestígios de nenhuma substância que pudesse explicar a geração do fogo. Blonilda e Mirian afirmaram ter encontrado, por várias vezes, um misterioso pó cinza, bem sequinho e que "deixava o dedo brilhoso". Era "uma espécie de carvãozinho amassado, formado por pequenas rodelazinhas". Infelizmente, não pudemos localizar nenhuma amostra da substância.
Quando chegamos à Vila Santa Rosa, Marli, o epicentro, estava em Alegrete. Mais tarde soubemos que o poltergeist a acompanhara até lá. A moça, de acordo com as declarações dos amigos e dos vizinhos, é muito boa e se dá bem com todos. Aparentemente, mostra-se calma e não arruma confusão com ninguém. É um pouco introvertida e não aprecia falar sobre a sua vida. Apesar do convivio de quase dois anos, ninguém soube esclarecer aspectos sobre o seu passado. Não sabiam dizer, por exemplo, se Marli tinha uma opção religiosa, nem se é uma pessoa interessada por cultos que lidem com fenômenos psiquicos.
Lucrécia Santa Rosa, de 17 anos, filha de Blonilda, parece ter sofrido efeitos de indução parapsicológica através do contato com Marli. Lucrécia não somente presenciou, inúmeras vezes, parapirogenias e deslocamentos de objetos pelo ar, como também ouviu vozes e foi atacada.
Na casa de Inês e Jean, a porta do banheiro (esquerda) e os móveis de cozinha (acima) sofreram fortes estragos por presenças invisíveis. Tais coisas só acontecem quando Marli está na área.
Lucrécia já viu roupas suas voando e teve um colar arrancado do pescoço sem que ninguém estivesse por perto. Na escola, sentiu empurrões e leves chutes nas pernas. Com a viagem do epícentro para Alegrete, não sentiu mais nada.
Lucrécia ouvia vozes de crianças chorando e pedindo ajuda. Isso levou todos a pensarem na hipótese de estarem sofrendo uma intervenção espiritual de entidades psi-teta (inteli-gências invisíveis e autonomas).
Passaram a crer que Marli deve ser médium, ou então que é alguém servindo como alvo de zombaria para espíritos malévolos.
O padre jesuíta Edvino Friederichs esteve visitando a família e concluiu que o poltergeist é causado por telergia, isto é, força psíquica exteriorizada de forma espontânea e inconsciente. O sr. Friederichs, que se intitula um experiente estudioso desses fenômenos, conduziu uma sessão de relaxamento com a família e, segundo Blonilda, assegurou que o terror paranormal terminaria de vez. No entanto, o poltergeist voltou horas depois, com mais força, queimando e quebrando tudo.
Aiaor Geisel, um religioso conhecido na região, também esteve no local e fez orações visando "expulsar os demônios", mas de nada adiantou.
Os espíritas acreditam que um tratamento desobsessivo, com um trabalho de evangelização das entidades psi-teta, poderia ao menos acalmar a atividade paranormal. Até onde sabemos, tal alternativa não foi ainda tentada pela família.
O poltergeist costuma não durar muito tempo. Normalmente, se extingue de modo súbito e inesperado. Sua atividade, porém, pode se manter por meses ou mesmo anos. Os científico-espiritualistas defendem a teoria de que a paranormalidade do epicentro pode ser disciplinada e eventualmente direcionada para o bem, aproveitando-se as forças do poltergeist, sem extingui-las.

6 comentários :

Jota Pedroso ( Estou no Facebook ) disse...

Ola. Alguem teria o vídeo dessa reportagem feita pela RBS TV, na época, no local aonde se verificvou a pirogenia, e quew roupas pegavam fogo frente aos bombeiros e a equipe da tv, e que assistimos na tv?

Jota Pedroso ( Estou no Facebook ) disse...

Eu mantenho a pagina: Diálogos com o lado de la.Visite a pagina. Sou pesquisador e estudo esses fenõmenos todos desde decada de 70, e tenho feito gravações eVP, aonde vozes dizem ser Espiritos. Jota Pedroso Radialista. Como conseguir esse vídeo desse fenõmeno ocorrido em porto alegre, e que foi televisionado pela rBS TV na época e mostrado na tv?

Jota Pedroso ( Estou no Facebook ) disse...

Eu mantenho a pagina: Diálogos com o lado de la.Visite a pagina. Sou pesquisador e estudo esses fenõmenos todos desde decada de 70, e tenho feito gravações eVP, aonde vozes dizem ser Espiritos. Jota Pedroso Radialista. Como conseguir esse vídeo desse fenõmeno ocorrido em porto alegre, e que foi televisionado pela rBS TV na época e mostrado na tv?

Bulga disse...

O melhor seria tentar diretamente com a emissora (se é que ela ainda tem esse registro)

Keith disse...

https://youtu.be/Aj6p2FWGxtY

Jota Pedroso ( Estou no Facebook ) disse...

Encontrei um trecho desta reportagem feita do Poltergeit de Porto Alegre, RS. No Facebook, junto na reportagem sobre Poltergeist Bahia , ao pesquisar no Facebook, adicione o nome Marli Freitas, Poltergeist, Partenón , Porto Alegre. 1989