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quarta-feira, dezembro 05, 2007

NEM GARCIA, NEM ANDORINHA

Em busca de mais conforto tenho utilizado muito os serviços da Viação Andorinha que faz a linha Maringá- Presidente Prudente, passando por Nova Esperança. É uma forma de fugir daqueles ônibus amarelos metropolitanos da Garcia, empresa que se auto-proclama 'a melhor empresa do país'. Quem votou nela deve ser parente dos acionistas. Os ônibus metropolitanos tratam os passageiros como eles estivessem num curral. São poucas as poltronas – para caber mais gente em pé e faturar mais – e não há refrigeração. Mas a Andorinha não fica muito atrás. As poltronas reclinam de verdade, mas muito além do que seria permitido. Quem resolver reclinar a poltrona acaba esmagando as pernas e o que tiver no colo do passageiro sentado atrás.
Tem mais coisa lamentável. Outro dia, o motorista foi obrigado a pedir dinheiro emprestado a um passageiro para poder pagar o pedágio. O próprio motorista, muito sem graça, disse que já trabalhou em várias empresas mas nunca numa tão esculhambada como a Andorinha.
Tem ar –condicionado? Nem sempre. E quando tem não funciona direito. Fico imaginando aqueles que vão para Presidente Prudente, Eles não viajam, mas sobrevivem.
Tem mais uma: um motorista resolveu falar para os passageiros sobre a importância e obrigatoriedade do uso de cinto de segurança. Depois da explicação veio a pergunta de uma passageira:
- Mas onde estão os cintos?
De fato, os cintos não existiam.
E não se iluda: no guichê da Andorinha há uma foto - no computador - de um ônibus moderno, de dois andares. Deve ser o único da empresa nessas condições pois nunca o vi circular. Nem na garagem da viação, um local que os passageiros já se acostumaram a visitar para as constantes trocas de ônibus quebrados. Seria cômico se não fosse trágico.

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