No nosso dia-a-dia de jornalista recebemos muitas cartas com denúncias. Algumas, porém, são curiosas como a que estou postando abaixo. Foi do pai de um estudante da cidade de Paranacity, perto de Maringá. Omiti os nomes mencionados para evitar dores de cabeça. O restante, está na íntegra.
Este subscritor vem expressar sua indignação em razão de fato ocorrido aos
20 dias do mês de Junho do ano corrente, nesta cidade de Paranacity/PR.
Tal se dá em razão de uma carta intitulada Comunicado de Fatos Ocorridos
na Escola, parte dela impressa, por se tratar de um modelo, e outra parte
escrita manualmente pelo professor e diretor de um estabelecimento oficial
de ensino público deste Estado, que foi direcionada aos pais de um dos
alunos lá matriculado.
Referido documento, em forma de comunicado, contém erros grosseiros e
grotescos de escrita, concordância e utilização de vocabulário de baixo
calão.
Tratando se de comunicado oficial, e ainda redigido por uma autoridade do
setor educacional, penso eu, não deveria conter erros gramaticais tão
grossos e impropérios tão indecorosos.
Eis o teor `ipsis litteris´ do `comunicado´ ao qual me refiro:
Seu filho não esta se comportando dentro escola hoje pegou
caderno no lixo e sai esparamando folha no pátio todo
Foi pego soltando bomba dentro do banheiro. Não chega nenhum dia no
Horário de entrada das aulas.Não respeita professor, somente mando todos tomar no c..."
Na ocasião em que li referida carta, em um primeiro momento, não quis
acreditar que foi escrita por um diretor de uma escola pública.
Em razão disso, desloquei-me até a escola (...) nesta cidade, estabelecimento este
encarregado do ensino fundamental, onde procurei pelo senhor diretor (...), supostamente o autor da citada missiva, a quem indaguei se foi ele o autor
E o redator da carta, recebendo resposta afirmativa.
Pois bem. Na seqüência, procurei pela senhora (...),
professora de língua Portuguesa, na sobredita escola, a quem pedi que
lesse tal documento; e ao termino indaguei se ela seria capaz de identificar
erros gráficos e de concordância. Para minha surpresa, a resposta foi negativa.
Diante desse patente absurdo me questiono como pode uma pessoa que não
conhece regras gramaticais básicas de sua língua ocupar cargo público de
professor e diretor de um estabelecimento de ensino público,
principalmente no tocante à formação da criança e do adolescente. Que tipo de educação o Estado tem fornecido às crianças que, em tese, representam o futuro da
nação. É simplesmente patético. Que futuro podemos esperar para nossa não
Obs: tenho copia original do comunicado.
Paranacity, 21 de Junho de 2006.
Barbosinha responde: Ele está mais preocupado com os erros gramaticais do comunicado ou com que o aluno vem aprontando naquela escola?
3 comentários :
com a onda em Maringá de se entrar na Justiça, eu vou apelar para que haja mais posts neste blog!
Bem, para dar conta das peripécias de um aluno que manda todos tomar no c..., o vocabulário, a grmática, os pingos e faltas de pingos parecem justificados. Seria este senhor, tão preocupado com o idioma, parente de uma poetisa maringaense? Tão arcaico quanto...
É incrivel como neste país os bons passam a ser os ruins da história.
Alunos que levam bilhetes para casa, com certeza não são exemplos de alunos nem e escola públicas nem em particulares. Faça uma visita em escola e note o grau de dificuldade que os mestres encontram para dar aula. Repudiante sua publicação
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