NOS ACOMPANHE TAMBÉM :

NOS ACOMPANHE TAMBÉM :

terça-feira, outubro 15, 2024

La Doce Vida

Esta edição brasileira, fartamente ilustrada, de A DOCE VIDA, ao lado do seu roteiro completo incluindo cenas que não chegaram a ser filmadas ou que, por qualquer motivo, foram modificadas rante a filmagem apresenta também um meticuloso e importante diário do crítico LLIO KEZICH, que acompanhou a produção dessa obra singular da arte cinematográfica italiana e universal. ( Editora Civilização Brasileira 1970)

Manhattan

A orquestração de "Rhapsody In Blue" cresce. A cena corta para o perfil de arranha-céus de Manhattan banhados pelo sol da manhã. Corta para o sol se pondo por detrás de outro perfil de edifícios e finalmente para uma vista noturna da cidade, com suas pontes e edificios iluminados por milhares de luzes. "Rhapsody in Blue" atinge um crescendo, o filme corta para a tela escura e os créditos finais começam a aparecer...

Pretty Baby

A Editora Civilização Brasileira, seguindo sua linha de prestigiar realizações de alto nível no plano de textos relacionados com a sétima arte, não poderia deixar de encampar e patrocinar a publicação de Pretty Baby, sucesso em todos os campos. Cinema e litera- tura, a arte nova e a do passado, se vêem aqui mutuamente enriquecidas e revitalizadas, pois tudo se apóia forma e substância numa história muito rica em conteúdo humano.

EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA

domingo, outubro 13, 2024

Louis Malle


Adeus, meninos

Adeus, meninos foi inspirado na lembrança mais dra mática de minha infância. Em 1944, eu tinha onze anos e era interno num colégio católico, perto de Fontainebleau. Um de meus colegas, que havia chegado no co- meço do ano, me intrigava muito. Ele era diferente, dis- creto. Comecei a conhecê-lo, a amá-lo, quando, certa ma- nhã, nosso pequeno mundo desabou.

Esta manhã de 1944 praticamente decidiu minha vo- cação de cineasta. É a minha fidelidade, minha referência. Deveria tê-la feito a matéria de meu primeiro filme, mas hesitava, esperava. O tempo passou, a lembrança se tornou mais aguda, mais presente. No ano passado, após dez anos nos Estados Unidos, senti que era che- gado o momento e escrevi o roteiro de Adeus, meninos. A imaginação utilizou-se da memória como um tram- polim, reinventei o passado, além da reconstituição his- tórica, em busca de uma verdade ao mesmo tempo lancinante e intemporal. Através do olhar desse garotinho que se parece comigo, tentei reencontrar esta primeira amizade, a mais for- te, bruscamente destruída, e a descoberta do mundo ab- surdo dos adultos, com sua violência e preconceitos. 1944 está longe, mas eu sei que um adolescente de hoje pode partilhar a minha emoção.
Louis Malle


Bergman

Não. Não é possível!

O que leva um homem bem-sucedido a matar?

O que leva um casal realizado a se destruir?

Eles caminham tranquilamente. Mas a loucura pode estar no próximo passo. E então vem a queda.

O AUTOR

Ingmar Bergman: Suas obras trazem sempre uma marca inconfundível: o homem atormentado do nosso século, seu relacionamento doloroso com os semelhantes e com Deus. Seus retratos são feitos com a precisão de um cirurgião e a sutileza de um esgrimista, um esgrimista da nossa alma. Tudo isto é Bergman.


Gavino Ledda

PAI PATRÃO
Pai Patrão conta a história de um aprendizado obstinado e contraditório. O relato quer ser um testemunho etnográfico, mas, através do documento, narra-se toda uma vida que, para se expressar, vai ao encontro da dramatização sempre presente nos cancioneiros populares.

Gavino Ledda, seu autor, foi pastor aos seis anos: trata-se de tradição secular na Sardenha. A infância é a época da convivência íntima com os signos: há que aprender a reconhecer e a nomear as árvores e as colinas, os animais e as variações climáticas. Há que aceitar a lei de uma família governada pelo "furor" do pai, senhor, patrão, proprietário da terra e dos homens. Há, enfim, que conhecer a tradição legendária de uma sociedade, com seus heróis e seus bandidos, seus personagens violentos e os humildes, seus anciãos enraizados e seus emigrantes expulsos pela miséria.

Virá então o tempo da opção e da revolta. Para Gavino, durante longos anos, a liberdade foi o alimento de seus sonhos. É o serviço militar que, arrancando-o de seu solo natal, lhe abrirá o caminho das palavras e o acesso à cultura. Emancipação, de resto, duramente conquistada por esse adolescente renegado pelos seus, ignorado pelos outros.
Uma consciência nasce da adversidade: é o furor do filho. Pode-se ler Pai Patrão como o relato otimista de uma libertação individual exemplar. Há, porém, que ouvir, nas entrelinhas deste livro poderoso, o canto angustiado de um povo há séculos mergulhado na mais indigna miséria.


Amarcord 1973

AMARCORD

Em Amarcord no filme como neste livro memorá- vel Federico Fellini pôs o melhor do seu gênio. No dinamismo de uma suces- são de momentos e ima- gens se expõe cruamente o drama humano quase que em um momento má- gico de uma pequena co- munidade, retratada como um cosmos dos anseios, das frustrações, da gran- deza e do ridículo da con- dição humana. As ima- gens visuais do mestre in- comparável do cinema são aqui transpostas e fixadas genialmente, num texto absorvente.

Neste livro singular, como no filme, é difícil definir-se onde se finda o romance e começa a autobiografia e em qual dimensão situar- se a criação literária. Toda a magia dos personagens de "Os Boas Vidas", e "La Strada" aqui persistem dentro também de um to- que de surrealismo e in- tensa poesia.

Amarcord é um livro que se lê de um só fôlego, en- cantatório e inesquecível.

Alvaro Pacheco Editor

Sophia Loren

A ambição levou-a à glória... Sua paixão revolucionou a Itália... Mas o amor acabou triunfando...

"Ligeiramente desconfiada, Sophia subiu no elevador do prédio. Viu os andares passando, um a um, e fêz uma comparação consigo mesma. Há muito tempo ela estava empenhada em subir na vida os mesmos anda- res. Custava a compreender porque sua arrancada decisiva estava cus- tando a chegar. Mas aquêle homem, tão gentil, não lhe parecera um aven- tureiro, aquela tarde, no estúdio. Só estava desconfiada da maneira como tudo tinha sido fácil. O produtor a recebeu da forma mais cordial possí- vel. Ofereceu-lhe uma confortável poltrona e logo depois um drinque. Em seguida, encaminhou-se ao seu encontro e disse algo baixinho, no ouvido de Sophia. Recuou espantado com o violento tapa que recebeu".

é um trecho de «A VIDA AMBICIOSA DE SOPHIA LOREN>>>