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segunda-feira, janeiro 30, 2012
sexta-feira, janeiro 27, 2012
Big Brother 2002 - 2012
Um texto que fiz para O Diário do Norte do Paraná, em 2002, sobre o primeiro Big Brother, é agora comentado no portal Educar Brasil :Após levantar essas questões sugira aos estudantes lerem o comentário feito pelo jornalista Marcelo Bulgarelli que está indicado no site educativo Reality Show e a banalização da sociedade. O comentário postado em um blog busca entender como o sucesso dos realities shows tem mostrado a banalização do pensamento crítico da sociedade. Ele nos mostra que a “baixa cultura” tem se tornado cada dia maior na sociedade contemporânea, uma vez que as pessoas têm deixado de lado o poder de reflexão para com a sociedade.
Reality-show e a banalização da sociedade
Psicóloga e sociólogo analisam reality-shows como Big Brother e Casa dos Artistas; programas são considerados como “fábricas que forjam a realidade”, anulando
Marcelo Bulgarelli
O Diário - 2002
Quanto mais próximo da verdade, tudo mentira. Ratinho não precisa mais recrutar indivíduos em bairros pobres da Grande São Paulo para gravar cenas de falso flagrante em troca de cachê. Vivemos hoje o sucesso dos reality-shows, ou “a vida como ela é”. E não é.
Programas como Casa dos Artistas e Big Brother Brasil estão sendo analisados com atenção por psicólogos e cientistas sociais. Em recente palestra no auditório Hélio Moreira, a psicóloga clínica Ângela Maria Pires Caniato – junto com uma platéia de alunos da área – dissecou todo o conteúdo ideológico embutido nesses reality-shows.
Não foram tratados como meros programas de entretenimento, mas ferramentas que reforçam a manutenção das castas sociais, anulam a solidariedade sem deixar chances para a verdadeira realização do indivíduo: o direito à felicidade.
Para compreender o Big Brother e programas do gênero, é necessário entender como é a relação mídia-indivíduo. Hoje, a angústia do homem contemporâneo está justamente nessa incapacidade de discernimento diante da bateria de informações despejadas diariamente pela mídia. Esse excesso estrangula a capacidade de reflexão, de reação, do senso crítico.
O bombardeio de informação cria uma nova censura pois todas as questões apresentadas ficam no nível da superficialidade. Não há tempo hábil para raciocinar. Freud chamaria isso de regressão primitivas do pensar humano. “É o pensamento irracional tal como a tevê veicula. O excesso impede o raciocínio”, sintetiza Caniato.
SEM VALORES
Portanto, pode-se observar essa anulação do indivíduo proposta pelos reality-shows, considerados como fábricas de forjar a felicidade. Caniato entende os programas como uma distorção da busca do ser humano que tanto lutou pela vida plena, pela realização afetiva e sexual. Nos programas, esses valores são abandonados. Fatores íntimos como desejo e gozo são agora encenados, são farsas.
Ainda assim, o telespec-tador tem a ilusão de interação. Mas ele não possui contato com o outro lado, o mundo da tevê. A interação é abstrata, ilusória. “É um telespectador na sua solidão, na tentativa louca de buscar um companheiro que não conhece ele, personagens que estão representando ou aparentando espontaneidade, como é o caso do Big Brother”, analisa.
COMPETIÇÃO
Em outro programa semelhante, No Limite, também é explicitada a banalização do mundo competitivo da sociedade atual. Essa competi-tividade é apresentada pela mídia como se fosse algo inerente à natureza humana. Dá a idéia de que é normal viver em uma sociedade em que só haverá um vencedor, sem lugar para todos.
E quem será esse vencedor do Big Brother, o herói que vai sair do programa com 500 mil reais? Será, obviamente, aquele disposto a realizar todas as tarefas, o que for mais hábil em todas as áreas, sem limites humanos. Aqui o culto do herói seria também o culto do sofrimento. Mais uma vez a mídia quer mostrar que a exclusão é um processo natural, não um fenômeno de uma sociedade excludente. Valoriza-se a exclusão e não a inclusão.
Um dos fatores que levaria essas pessoas a se exporem diante de milhões de telespec-tadores é o desejo de mostrar algo que elas não tem. Caso contrário, não precisariam dos holofotes do SBT ou da Globo. Aspas para Caniato: “esse é o narcisismo patológico da atualidade. Se há ânsia de querer mostrar, é porque não tem. É o vazio que se transformou a vida das pessoas e a intimidade de cada um”.
“PAREDÃO”
Em suma, a sociedade quer todos em palco comum, escravos de padrões estéticos e ideológicos e não como indivíduos diferentes dos demais. Nesse ínterim, surge a figura do dedo-duro oficializado, representado pelo participante do programa com direito a escolher quem será o próximo adversário a ser julgado pelos telespectadores. É hora do “paredão”.
Ou seja, o dedo-duro entrega para a sociedade todo o processo de exclusão, mas que na verdade já foi feito anteriormente pelo grupo. É como se o dedo-duro denunciasse para a sociedade a “incompetência” do colega. Aqui ocorre mais uma banalização, desta vez, a cultura da exclusão. E ninguém tem vergonha de ser humilhado. Caso tivesse, reagiria.
Sob o ponto de vista afetivo, os reality-shows mostram o trágico do vazio. São homens e mulheres sem compromisso, sem vínculos afetivos. Ninguém se une. A solidariedade é uma falácia e todos passam a aceitar a idéia vendida pelo Big Brother.
Se mudar de canal, percebe-se que o SBT busca a audiência apelando para o sexo. A vulgaridade torna o programa quase um filme pornográfico, descaracterizando o vínculo homem - mulher do prazer amoroso, sensual. Não há espaço para o afago, a sensualidade e os rituais. A sexualidade, também banalizada, é agora algo trivial para ser mostrado publicamente.
Caniato, por fim, explica que vivemos numa sociedade que de fato estimula a competição para separar e depois dominar. Exige a conformação da infelicidade pelo indivíduo. Ele não pode mais se indignar, reagir, pensar. Resta o sofrimento na frente e atrás das câmeras.
SOLIDÃO
Fabio Vianna Ribeiro, professor do Departamento de Ciências Sociais da UEM e doutorando pela PUC (SP), analisa sociologicamente o fenômeno dos reality-shows mostrando que a tevê sempre buscou - desde os anos 50 - ter a aparência da realidade, apesar de tudo ser um “faz de conta”. É como um filme que imita a realidade com a diferença de que o herói nunca morre.
Nos reality-shows, mistura-se a grande farsa com altas doses de cinismo. É um jogo. Perverso. Ribeiro vê a Casa dos Artistas como uma oportunidade para os participantes alavancarem suas carreiras. No Big Brother a crueldade é mais explícita: é tudo ou nada. É melhor enfrentar a humilhação de ser julgado nacionalmente na frente de milhares de telespectadores do que ser apenas um anônimo, um cidadão comum.
Ribeiro faz uma análise da geração que cresceu nos últimos 40 anos junto com a televisão. Chegou um momento em que as as pessoas não se aproximam mais. É o mundo da incomunicabilidade. Não é fácil a aproximação. Daí o sucesso desses programas, um arremedo do que seria a vida real: ter amigos. As salas de bate-papo da internet são uma prova disso.
O sociólogo, porém, não acredita que meios de comunicação de massa tenham o poder de controlar totalmente a vida das pessoas. “Há espaço de negociação entre as pessoas e os meios de comunicação’’, atenua. Mas de todos os ângulos,
a televisão encontrou o meio de enganar mostrando a verdade. Até nos telejornais. Basta tremer a câmera para dar o impacto necessário do flagrante jornalístico. Ou criar “mise-en-scène” em reportagens tratadas como documentais. Se quiser mostrar a verdade, invente uma linguagem. E junto com a linguagem, as pessoas. Já não há mais tempo para pensar.
Reality-show e a banalização da sociedade
Psicóloga e sociólogo analisam reality-shows como Big Brother e Casa dos Artistas; programas são considerados como “fábricas que forjam a realidade”, anulando
Marcelo Bulgarelli
O Diário - 2002
Quanto mais próximo da verdade, tudo mentira. Ratinho não precisa mais recrutar indivíduos em bairros pobres da Grande São Paulo para gravar cenas de falso flagrante em troca de cachê. Vivemos hoje o sucesso dos reality-shows, ou “a vida como ela é”. E não é.
Programas como Casa dos Artistas e Big Brother Brasil estão sendo analisados com atenção por psicólogos e cientistas sociais. Em recente palestra no auditório Hélio Moreira, a psicóloga clínica Ângela Maria Pires Caniato – junto com uma platéia de alunos da área – dissecou todo o conteúdo ideológico embutido nesses reality-shows.
Não foram tratados como meros programas de entretenimento, mas ferramentas que reforçam a manutenção das castas sociais, anulam a solidariedade sem deixar chances para a verdadeira realização do indivíduo: o direito à felicidade.
Para compreender o Big Brother e programas do gênero, é necessário entender como é a relação mídia-indivíduo. Hoje, a angústia do homem contemporâneo está justamente nessa incapacidade de discernimento diante da bateria de informações despejadas diariamente pela mídia. Esse excesso estrangula a capacidade de reflexão, de reação, do senso crítico.
O bombardeio de informação cria uma nova censura pois todas as questões apresentadas ficam no nível da superficialidade. Não há tempo hábil para raciocinar. Freud chamaria isso de regressão primitivas do pensar humano. “É o pensamento irracional tal como a tevê veicula. O excesso impede o raciocínio”, sintetiza Caniato.
SEM VALORES
Portanto, pode-se observar essa anulação do indivíduo proposta pelos reality-shows, considerados como fábricas de forjar a felicidade. Caniato entende os programas como uma distorção da busca do ser humano que tanto lutou pela vida plena, pela realização afetiva e sexual. Nos programas, esses valores são abandonados. Fatores íntimos como desejo e gozo são agora encenados, são farsas.
Ainda assim, o telespec-tador tem a ilusão de interação. Mas ele não possui contato com o outro lado, o mundo da tevê. A interação é abstrata, ilusória. “É um telespectador na sua solidão, na tentativa louca de buscar um companheiro que não conhece ele, personagens que estão representando ou aparentando espontaneidade, como é o caso do Big Brother”, analisa.
COMPETIÇÃO
Em outro programa semelhante, No Limite, também é explicitada a banalização do mundo competitivo da sociedade atual. Essa competi-tividade é apresentada pela mídia como se fosse algo inerente à natureza humana. Dá a idéia de que é normal viver em uma sociedade em que só haverá um vencedor, sem lugar para todos.
E quem será esse vencedor do Big Brother, o herói que vai sair do programa com 500 mil reais? Será, obviamente, aquele disposto a realizar todas as tarefas, o que for mais hábil em todas as áreas, sem limites humanos. Aqui o culto do herói seria também o culto do sofrimento. Mais uma vez a mídia quer mostrar que a exclusão é um processo natural, não um fenômeno de uma sociedade excludente. Valoriza-se a exclusão e não a inclusão.
Um dos fatores que levaria essas pessoas a se exporem diante de milhões de telespec-tadores é o desejo de mostrar algo que elas não tem. Caso contrário, não precisariam dos holofotes do SBT ou da Globo. Aspas para Caniato: “esse é o narcisismo patológico da atualidade. Se há ânsia de querer mostrar, é porque não tem. É o vazio que se transformou a vida das pessoas e a intimidade de cada um”.
“PAREDÃO”
Em suma, a sociedade quer todos em palco comum, escravos de padrões estéticos e ideológicos e não como indivíduos diferentes dos demais. Nesse ínterim, surge a figura do dedo-duro oficializado, representado pelo participante do programa com direito a escolher quem será o próximo adversário a ser julgado pelos telespectadores. É hora do “paredão”.
Ou seja, o dedo-duro entrega para a sociedade todo o processo de exclusão, mas que na verdade já foi feito anteriormente pelo grupo. É como se o dedo-duro denunciasse para a sociedade a “incompetência” do colega. Aqui ocorre mais uma banalização, desta vez, a cultura da exclusão. E ninguém tem vergonha de ser humilhado. Caso tivesse, reagiria.
Sob o ponto de vista afetivo, os reality-shows mostram o trágico do vazio. São homens e mulheres sem compromisso, sem vínculos afetivos. Ninguém se une. A solidariedade é uma falácia e todos passam a aceitar a idéia vendida pelo Big Brother.
Se mudar de canal, percebe-se que o SBT busca a audiência apelando para o sexo. A vulgaridade torna o programa quase um filme pornográfico, descaracterizando o vínculo homem - mulher do prazer amoroso, sensual. Não há espaço para o afago, a sensualidade e os rituais. A sexualidade, também banalizada, é agora algo trivial para ser mostrado publicamente.
Caniato, por fim, explica que vivemos numa sociedade que de fato estimula a competição para separar e depois dominar. Exige a conformação da infelicidade pelo indivíduo. Ele não pode mais se indignar, reagir, pensar. Resta o sofrimento na frente e atrás das câmeras.
SOLIDÃO
Fabio Vianna Ribeiro, professor do Departamento de Ciências Sociais da UEM e doutorando pela PUC (SP), analisa sociologicamente o fenômeno dos reality-shows mostrando que a tevê sempre buscou - desde os anos 50 - ter a aparência da realidade, apesar de tudo ser um “faz de conta”. É como um filme que imita a realidade com a diferença de que o herói nunca morre.
Nos reality-shows, mistura-se a grande farsa com altas doses de cinismo. É um jogo. Perverso. Ribeiro vê a Casa dos Artistas como uma oportunidade para os participantes alavancarem suas carreiras. No Big Brother a crueldade é mais explícita: é tudo ou nada. É melhor enfrentar a humilhação de ser julgado nacionalmente na frente de milhares de telespectadores do que ser apenas um anônimo, um cidadão comum.
Ribeiro faz uma análise da geração que cresceu nos últimos 40 anos junto com a televisão. Chegou um momento em que as as pessoas não se aproximam mais. É o mundo da incomunicabilidade. Não é fácil a aproximação. Daí o sucesso desses programas, um arremedo do que seria a vida real: ter amigos. As salas de bate-papo da internet são uma prova disso.
O sociólogo, porém, não acredita que meios de comunicação de massa tenham o poder de controlar totalmente a vida das pessoas. “Há espaço de negociação entre as pessoas e os meios de comunicação’’, atenua. Mas de todos os ângulos,
a televisão encontrou o meio de enganar mostrando a verdade. Até nos telejornais. Basta tremer a câmera para dar o impacto necessário do flagrante jornalístico. Ou criar “mise-en-scène” em reportagens tratadas como documentais. Se quiser mostrar a verdade, invente uma linguagem. E junto com a linguagem, as pessoas. Já não há mais tempo para pensar.
quinta-feira, janeiro 26, 2012
quarta-feira, janeiro 25, 2012
A Paisagem de Angelopoulos
Noticia da Reuters: -O premiado diretor grego Theo Angelopoulos morreu aos 77 anos em um hospital de Atenas nesta terça-feira, horas depois de ter sido atingido por uma moto enquanto rodava um filme sobre a crise que afeta o país.
Vencedor de prêmios como a Palma de Ouro de Cannes, em 1998, por "A Eternidade e um Dia" e o prêmio do grande júri de Cannes em 1995 por "Ulysses' Gaze", Angelopoulos iniciou os trabalhos de seu novo filme, "The other sea", neste mês.
O filme era sobre o impacto da crise na vida cotidiana na Grécia.
Angelopoulos estava atravessando uma rua quando foi atropelado pela moto. Ele foi levado imediatamente a um hospital.
"Ele estava no meio da filmagem quando a moto atingiu ele. Ele sofreu múltiplos ferimentos no cérebro e hemorragia interna", afirmou uma autoridade policial que não quis revelar seu nome. A moto pertencia a um policial que estava de folga, disse.
Abaixo, eu havia aproveitado imagens da obra-prima Paisagem na Neblina - do Angelopoulos - com a música "Marinheira" junto com fotos de Buenos Ayres.
Engraçado quando morre alguem que a gente admira o trabalho. Um luto melancólico.
Façam suas apostas!!
Os indicados ao Oscar - (* nosso palpite)
Melhor filme
“Cavalo de guerra”
“O artista”
“O homem que mudou o jogo”
“Os descendentes”
“A árvore da vida” (*)
“Meia-noite em Paris”
“Histórias cruzadas”
“A invenção de Hugo Cabret”
“Tão forte e tão perto”
Atriz coadjuvante
Berenice Bejo, “O artista” (*)
Jessica Chastain, “Histórias cruzadas”
Melissa McCarthy, “Missão madrinha de casamento”
Janet McTeer, “Albert Nobbs”
Octavia Spencer, “Histórias cruzadas”
Ator coadjuvante
Kenneth Branagh, “Sete dias com Marilyn”
Jonah Hill, “O homem que mudou o jogo”
Nick Nolte, “Guerreiro”
Christopher Plummer, “Toda forma de amor”
Max von Sydow, “Tão forte e tão perto” (*)
Melhor atriz
Glenn Close, “Albert Nobbs”
Rooney Mara, “Os homens que não amavam as mulheres”
Viola Davis, “Histórias cruzadas”
Meryl Streep, “A Dama de Ferro”
Michelle Williams, “Sete dias com Marilyn” (*)
Melhor ator
Demian Bichir, “A better life”
George Clooney, “Os descendentes”
Jean Dujardin, “O artista”
Gary Oldman, “O espião que sabia demais” (*)
Brad Pitt, “O homem que mudou o jogo”
Melhor diretor
Michel Hazanivicus, “O artista”
Alexander Payne, “Os descendentes”
Martin Scorsese, “A invenção de Hugo Cabret”
Woody Allen, “Meia-noite em Paris”
Terrence Malick, “A árvore da vida” (*)
Melhor roteiro original
Michel Hazanivicius, “O artista” (*)
Kristen Wiig and Annie Mumulo, “Missão madrinha de casamento”
Woody Allen, “Meia-noite em Paris”
J.C. Chandor, “Margin Call”
Asghar Farhadi, “A separação”
Melhor roteiro adaptado
Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash, “Os descendentes”
John Logan, “A invenção de Hugo Cabret” (*)
George Clooney, Beau Willimon e Grant Heslov, “Tudo pelo poder”
Steven Zaillian, Aaron Sorkin e Stan Chervin, “O homem que mudou o jogo”
Bridget O'Connor e Peter Straughan, “O espião que sabia demais”
Melhor filme de língua estrangeira
“Bullhead”, Bélgica
“Footnote”, Israel
“In Darkness”, Polônia (*)
“Monsier Lazhar”, Canadá
“A separação”, Irã
Melhor filme de animação
“Um gato em Paris” (*)
“Chico & Rita”
“Kung Fu Panda 2”
“Gato de Botas”
“Rango”
Direção de arte
“O artista” (*)
“Harry Potter a as Relíquias da Morte - Parte 2”
“A invenção de Hugo Cabret”
“Meia-noite em Paris”
“Cavalo de guerra”
Fotografia
“O artista” (*)
“O homem que não amava as mulheres”
“A invenção de Hugo Cabret”
“A árvore da vida”
“Cavalo de guerra”
Figurino
“Anônimo”
“O artista”
“A invenção de Hugo Cabret” (*)
“Jane Eyre”
“W.E. - O romance do século”
Documentário
“Hell and Back Again”
“If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front”
“Paradise Lost 3: Purgatory” (*)
“Pina”
“Undefeated”
Curta-metragem documentário
“The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement”
“God Is the Bigger Elvis”
“Incident in New Baghdad”
“Saving Face”
“The Tsunami and the Cherry Blossom” (*)
Montagem
Anne-Sophie Bion e Michel Hazanavicius, “O artista” (*)
Kevin Tent, “Os descendentes”
Kirk Baxter e Angus Wall, “O homem que não amava as mulheres”
Thelma Schoonmaker, “A invenção de Hugo Cabret”
Christopher Tellefsen, “O homem que mudou o jogo”
Maquiagem
Martial Corneville, Lynn Johnston e Matthew W. Mungle, “Albert Nobbs”
Edouard F. Henriques, Gregory Funk e Yolanda Toussieng, “Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2”
Mark Coulier e J. Roy Helland, “A Dama de Ferro” (*)
Trilha sonora original
John Williams, “As aventuras de Tintim”
Ludovic Bource, “O artista” (*)
Howard Shore, ““A invenção de Hugo Cabret”
Alberto Iglesias, “O espião que sabia demais”
John Williams, “Cavalo de guerra”
Canção original
"Man or Muppet" de “Os Muppets”, Bret McKenzie
"Real in Rio" de “Rio”, Sergio Mendes, Carlinhos Brown e Siedah Garrett (*)
Edição de som
“Drive”
“Os homens que não amavam as mulheres”
“Transformers: O lado oculto da lua” (*)
“Cavalo de guerra”
Mixagem de som
“Os homens que não amavam as mulheres”
“A invenção de Hugo Cabret”
“O homem que mudou o jogo”
“Transformers: O lado oculto da lua” (*)
Efeitos visuais
“Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2”
“A invenção de Hugo Cabret” (*)
“Gigantes de aço”
“O Planeta dos Macacos: A origem”
“Transformers: O lado oculto da lua”
Curta-metragem de animação
“Dimanche/Sunday”
“The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore”
“La Luna” (*)
“A Morning Stroll”
“Wild Life”
Curta-metragem
“Pentecost”
“Raju”
“The Shore”
“Time Freak”
“Tuba Atlantic” (*)
Melhor filme
“Cavalo de guerra”
“O artista”
“O homem que mudou o jogo”
“Os descendentes”
“A árvore da vida” (*)
“Meia-noite em Paris”
“Histórias cruzadas”
“A invenção de Hugo Cabret”
“Tão forte e tão perto”
Atriz coadjuvante
Berenice Bejo, “O artista” (*)
Jessica Chastain, “Histórias cruzadas”
Melissa McCarthy, “Missão madrinha de casamento”
Janet McTeer, “Albert Nobbs”
Octavia Spencer, “Histórias cruzadas”
Ator coadjuvante
Kenneth Branagh, “Sete dias com Marilyn”
Jonah Hill, “O homem que mudou o jogo”
Nick Nolte, “Guerreiro”
Christopher Plummer, “Toda forma de amor”
Max von Sydow, “Tão forte e tão perto” (*)
Melhor atriz
Glenn Close, “Albert Nobbs”
Rooney Mara, “Os homens que não amavam as mulheres”
Viola Davis, “Histórias cruzadas”
Meryl Streep, “A Dama de Ferro”
Michelle Williams, “Sete dias com Marilyn” (*)
Melhor ator
Demian Bichir, “A better life”
George Clooney, “Os descendentes”
Jean Dujardin, “O artista”
Gary Oldman, “O espião que sabia demais” (*)
Brad Pitt, “O homem que mudou o jogo”
Melhor diretor
Michel Hazanivicus, “O artista”
Alexander Payne, “Os descendentes”
Martin Scorsese, “A invenção de Hugo Cabret”
Woody Allen, “Meia-noite em Paris”
Terrence Malick, “A árvore da vida” (*)
Melhor roteiro original
Michel Hazanivicius, “O artista” (*)
Kristen Wiig and Annie Mumulo, “Missão madrinha de casamento”
Woody Allen, “Meia-noite em Paris”
J.C. Chandor, “Margin Call”
Asghar Farhadi, “A separação”
Melhor roteiro adaptado
Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash, “Os descendentes”
John Logan, “A invenção de Hugo Cabret” (*)
George Clooney, Beau Willimon e Grant Heslov, “Tudo pelo poder”
Steven Zaillian, Aaron Sorkin e Stan Chervin, “O homem que mudou o jogo”
Bridget O'Connor e Peter Straughan, “O espião que sabia demais”
Melhor filme de língua estrangeira
“Bullhead”, Bélgica
“Footnote”, Israel
“In Darkness”, Polônia (*)
“Monsier Lazhar”, Canadá
“A separação”, Irã
Melhor filme de animação
“Um gato em Paris” (*)
“Chico & Rita”
“Kung Fu Panda 2”
“Gato de Botas”
“Rango”
Direção de arte
“O artista” (*)
“Harry Potter a as Relíquias da Morte - Parte 2”
“A invenção de Hugo Cabret”
“Meia-noite em Paris”
“Cavalo de guerra”
Fotografia
“O artista” (*)
“O homem que não amava as mulheres”
“A invenção de Hugo Cabret”
“A árvore da vida”
“Cavalo de guerra”
Figurino
“Anônimo”
“O artista”
“A invenção de Hugo Cabret” (*)
“Jane Eyre”
“W.E. - O romance do século”
Documentário
“Hell and Back Again”
“If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front”
“Paradise Lost 3: Purgatory” (*)
“Pina”
“Undefeated”
Curta-metragem documentário
“The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement”
“God Is the Bigger Elvis”
“Incident in New Baghdad”
“Saving Face”
“The Tsunami and the Cherry Blossom” (*)
Montagem
Anne-Sophie Bion e Michel Hazanavicius, “O artista” (*)
Kevin Tent, “Os descendentes”
Kirk Baxter e Angus Wall, “O homem que não amava as mulheres”
Thelma Schoonmaker, “A invenção de Hugo Cabret”
Christopher Tellefsen, “O homem que mudou o jogo”
Maquiagem
Martial Corneville, Lynn Johnston e Matthew W. Mungle, “Albert Nobbs”
Edouard F. Henriques, Gregory Funk e Yolanda Toussieng, “Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2”
Mark Coulier e J. Roy Helland, “A Dama de Ferro” (*)
Trilha sonora original
John Williams, “As aventuras de Tintim”
Ludovic Bource, “O artista” (*)
Howard Shore, ““A invenção de Hugo Cabret”
Alberto Iglesias, “O espião que sabia demais”
John Williams, “Cavalo de guerra”
Canção original
"Man or Muppet" de “Os Muppets”, Bret McKenzie
"Real in Rio" de “Rio”, Sergio Mendes, Carlinhos Brown e Siedah Garrett (*)
Edição de som
“Drive”
“Os homens que não amavam as mulheres”
“Transformers: O lado oculto da lua” (*)
“Cavalo de guerra”
Mixagem de som
“Os homens que não amavam as mulheres”
“A invenção de Hugo Cabret”
“O homem que mudou o jogo”
“Transformers: O lado oculto da lua” (*)
Efeitos visuais
“Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2”
“A invenção de Hugo Cabret” (*)
“Gigantes de aço”
“O Planeta dos Macacos: A origem”
“Transformers: O lado oculto da lua”
Curta-metragem de animação
“Dimanche/Sunday”
“The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore”
“La Luna” (*)
“A Morning Stroll”
“Wild Life”
Curta-metragem
“Pentecost”
“Raju”
“The Shore”
“Time Freak”
“Tuba Atlantic” (*)
terça-feira, janeiro 24, 2012
segunda-feira, janeiro 23, 2012
domingo, janeiro 22, 2012
O que aconteceu com o Um que Tenha?
Todo mundo já deve ter notado que o Um que Tenha está fora do ar.
Segundo o Fulano Sicrano, proprietário do blog, foram dois os problemas:
1) Ele teve um problema com um HD e boa parte do acervo do UQT ficou comprometido. O equipamento foi levado a uma especializada para tentar recuperá-lo.
2) Mas esse não foi o único problema. No dia 16/01 ele recebeu um aviso do servidor de hospedagem norte-americano, dizendo que o UQT tem algum script que está ocasionando uma sobrecarga qualquer e que até que isso seja corrigido o site ficará fora do ar. Mas ele não sabe se este é realmente o problema ou se é apenas uma desculpa tendo em vista a nova legislação americana de direitos autorais.
Ainda segundo o Fulano, todo o conteúdo está becapeado e os arquivos protegidos. O que temos a fazer, agora, é aguardar. (http://orfaosdoloronix.wordpress.com)
Etta James
A cantora Etta James, famosa por hits como The Wallflower, Something's Got a Hold on Me e At Last, morreu sexta-feira, aos 73 anos, confirmou a sua empresária Lupe de Leon. Ela morreu após ter complicações de saúde decorrentes da leucemia, doença com a qual foi diagnosticada em 2010. Também sofria de demência e hepatite C. A cantora, que completaria 74 anos na quarta-feira, morreu ao lado do marido, Artis Mills, e seus filhos, num hospital de Riverside, na Califórnia. "Esta é uma perda tremenda para a família, amigos e fãs ao redor do mundo", disse de Leon. "Nós trabalhámos juntas por mais de 30 anos. Ela era minha amiga e sentirei a falta dela."
Etta nasceu em Los Angeles em 1938 e mudou-se para São Francisco em 1950, onde formou um grupo chamado The Peaches. Ficou famosa ainda adolescente, quando a sua interpretação da música The Wallflower (Roll With Me, Henry) atingiu o topo dos Tops nos Estados Unidos, em 1955. Ela assinou contrato com a gravadora Chess em 1960 e não parou de produzir hits do r&b e do pop, retornando em 1967 com músicas mais ao estilo da Soul Music. Lutou durante muitos anos contra o vício em heroína. Foi internada duas vezes em clínicas de habilitação - o primeiro tratamento foi realizado nos anos 1970 e o segundo, nos anos 1980, quando ela conseguiu restabelecer-se e voltar a fazer sucesso.
Em 2008, Etta foi interpretada pela cantora Beyoncé no filme Cadillac Records, que conta a história da gravadora Chess. A morte da cantora foi anunciada junto com uma infeliz coincidência: o cantor Johnny Otis, responsável por descobrir o talento de Etta James e conhecido pela música Willie and the Hand Jive, morreu na última terça-feira, aos 90 anos.
Fonte: Veja abril Br.
sexta-feira, janeiro 20, 2012
quinta-feira, janeiro 19, 2012
Retrô
A Piramide foi moda nos anos 70. Meu irmão teve uma. Para conseguir os "efeitos energéticos", uma das extremidades deveria ficar apontada para a direção norte. Assim, se você instalasse a pirâmide sobre a sua cama, é provável que ela teria que ficar enviesada no quarto. Hilário.
:
Image from ‘The Guide to Pyramid Energy’, 1975
:
Image from ‘The Guide to Pyramid Energy’, 1975
quarta-feira, janeiro 18, 2012
A sentinela dos malditos
Título Original:
The sentinel
País:
Estados Unidos
Ano:
1977
Direção:
WINNER, Michael
Elenco:
Chris Sarandon - Cristina Raines - Martin Balsam - John Carradine - José Ferrer - Ava Gardner- Arthur Kennedy - Burgess Meredith - Sylvia Miles - Deborah Raffin - Eli Wallach - Christopher Walken - Jerry Orbach - Beverly D'Angelo - Hank Garrett
Sinopse:
Alison Parker (Cristina Raines), noiva de Michael Lerman (Cris Sarandon), passa a sofrer pesadelos após se mudar para um apartamento em Nova York. Seus novos vizinhos são estranhos, e ela descobre que eles na verdade são assassinos já falecidos.
Filme curioso que fez relativo sucesso nos cinemas na época do lançamento. Destaque para o elenco.
terça-feira, janeiro 17, 2012
De Niro, um Taxi Driver
Robert de Niro tirou licença para dirigir taxi em Nova York. Foi o seu laboratório para Taxi Driver, obra-prima de Martin Scorsese em 1976.
Numa dessas noite de trabalho como taxista, ele foi reconhecido por um passageiro. Assustado em encontrar o famoso De Niro no volante, o passageiro soltou essa:
" Você aí dando um duro e a gente pensando que artista de cinema ganha muito!"
Numa dessas noite de trabalho como taxista, ele foi reconhecido por um passageiro. Assustado em encontrar o famoso De Niro no volante, o passageiro soltou essa:
" Você aí dando um duro e a gente pensando que artista de cinema ganha muito!"
domingo, janeiro 15, 2012
Heleno
O cartaz do filme "Heleno, o príncipe maldino", que conta a história de Heleno de Freitas, quarto maior artilheiro da história do Botafogo, já circula na internet. O jogador teve sua carreira marcada por polêmicas e inclusive chegou a atuar pela Seleção Brasileira. Além do Glorioso, Heleno jogou por Fluminense, Vasco, Boca Juniores (ARG), Junior de Barranquilla (ARG) e Santos. O filme ainda não tem data para o lançamento.
Heleno marcou 209 gols em 235 jogos pelo Botafogo. O ex-atacante só está atrás na artilharia alvinegra de Quarentinha, Carvalho Leite e Garrincha.
Heleno marcou 209 gols em 235 jogos pelo Botafogo. O ex-atacante só está atrás na artilharia alvinegra de Quarentinha, Carvalho Leite e Garrincha.
30 Anos sem Elis Regina
Golden Slumbers/Carry That Weight
Elis Regina
(John Lennon/Paul McCartney)
Once there was a way to get back homeward
Once there was a way to get back home
Sleep little darling, do not cry
And I will sing a lullaby
Once there was a way to get back homeward
Once there was a way to get back home
Sleep little darling, do not cry
And I will sing a lullaby
Golden slumbers fill your eyes
Smiles awake you when you will rise
Sleep little darling, do not cry
And I will sing a lullaby
Boy you gonna carry that weight
Carry that weight in a long time
Golden Slumbers fill your eyes
Smiles awake you when you will rise
Sleep little darling, do not cry
And I will sing a lullaby
Boy you gonna carry that weight
Carry that weight in a long time
Elis Regina
(John Lennon/Paul McCartney)
Once there was a way to get back homeward
Once there was a way to get back home
Sleep little darling, do not cry
And I will sing a lullaby
Once there was a way to get back homeward
Once there was a way to get back home
Sleep little darling, do not cry
And I will sing a lullaby
Golden slumbers fill your eyes
Smiles awake you when you will rise
Sleep little darling, do not cry
And I will sing a lullaby
Boy you gonna carry that weight
Carry that weight in a long time
Golden Slumbers fill your eyes
Smiles awake you when you will rise
Sleep little darling, do not cry
And I will sing a lullaby
Boy you gonna carry that weight
Carry that weight in a long time
quarta-feira, janeiro 11, 2012
domingo, janeiro 08, 2012
sábado, janeiro 07, 2012
sexta-feira, janeiro 06, 2012
quinta-feira, janeiro 05, 2012
quarta-feira, janeiro 04, 2012
Élvio Rocha
Saudades de Elvio Rocha. E saudades também de seus textos. Textos ternos, como esse...
Disse à minha companheira, Dodô, no domingo, 1º de janeiro, já no meio da tarde, que tínhamos recebido muitos telefonemas nos desejando um bom 2012. Disse, ainda, que também manifestamos nossos desejos e que, educadamente, retribuímos pelo menos parte dos votos formulados por nossos amigos e parentes.
Dodô não se impressionou. Continuou esticada preguiçosamente no piso frio do meu quarto. Moveu, contudo, os olhos. Primeiro para a direita, fixando o prato plástico com sua ração, a mesma que a alimentou nos últimos meses. Depois, virou-se languidamente para o lado oposto e deu de cara, digo, com o focinho, com um trapo velho, o que sobrou de uma rede antiga no qual costuma se aninhar quando a temperatura cai. Sem qualquer sinal evidente de emoção, voltou a cabeça à posição original e deixou, de novo, que suas pálpebras cedessem ao sono daquela tarde quente, sufocante. Antes disso, suspirou resignada.
Fiquei intrigado com sua displicência. Ela que, em geral, expõe com franqueza seus sentimentos, não deu qualquer importância ao meu comentário. Seria aquele comportamento também uma demonstração de sua franqueza? Penso que sim. Cães não contam o tempo. Vivem o festejam os anos novos a cada dia. Ora expressando o que lhes vai pela alma canina, com repetidas sacudidelas do rabo, ora numa euforia incontrolável quando prenunciam que chegou o momento da caminhada diária, ao lado do dono. E o que dizer, então, do silêncio respeitoso que nos devotam quando seus sentidos captam no ar que estamos em descompasso com o universo...?
Dodô tem sido, ao longo desses tantos anos vividos no atropelo, sem muito tempo para folhear a alegria e sequer para entrincheirar-se no desânimo, quase um anjo. Tal qual Ted Junior, que nos deixou em agosto de 2011, aos 13 anos, já quase um senhor idoso na cronologia canina.
Os anos novos entram e escapam implacáveis do calendário. As rugas vão tatuando a pele. As certezas vão se acomodando no sótão, envoltas em mofo e poeira. As dúvidas formam filas sinuosas, enquanto a razão e a afeição se fazem cada vez mais disciplinadas para nos poupar energias vitais.
Os cães, não. Não são assim brutalmente retaliados pela passagem do tempo. Nem se apercebem de que este escoa pela ampulheta. Creio que só registram a chegada da noite, o prenúncio dos primeiros raios solares. Não cifram nem decifram a vida em números, datas, em ganhos e perdas, como nós. Dedicam-se, e exclusivamente, à felicidade de seus donos, certos de que esta é a fonte, também, de sua alegria e bem estar.
Belos e carinhosos amigos de quatro patas, cuidem-se. Mantenham distância segura de nós, os humanos. E saibam que somos reconhecidos e gratos por se contentarem com as nossas sobras de cada dia; ou melhor, daqueles intervalos que separam o Sol da Lua. (Elvio Rocha)
Disse à minha companheira, Dodô, no domingo, 1º de janeiro, já no meio da tarde, que tínhamos recebido muitos telefonemas nos desejando um bom 2012. Disse, ainda, que também manifestamos nossos desejos e que, educadamente, retribuímos pelo menos parte dos votos formulados por nossos amigos e parentes.
Dodô não se impressionou. Continuou esticada preguiçosamente no piso frio do meu quarto. Moveu, contudo, os olhos. Primeiro para a direita, fixando o prato plástico com sua ração, a mesma que a alimentou nos últimos meses. Depois, virou-se languidamente para o lado oposto e deu de cara, digo, com o focinho, com um trapo velho, o que sobrou de uma rede antiga no qual costuma se aninhar quando a temperatura cai. Sem qualquer sinal evidente de emoção, voltou a cabeça à posição original e deixou, de novo, que suas pálpebras cedessem ao sono daquela tarde quente, sufocante. Antes disso, suspirou resignada.
Fiquei intrigado com sua displicência. Ela que, em geral, expõe com franqueza seus sentimentos, não deu qualquer importância ao meu comentário. Seria aquele comportamento também uma demonstração de sua franqueza? Penso que sim. Cães não contam o tempo. Vivem o festejam os anos novos a cada dia. Ora expressando o que lhes vai pela alma canina, com repetidas sacudidelas do rabo, ora numa euforia incontrolável quando prenunciam que chegou o momento da caminhada diária, ao lado do dono. E o que dizer, então, do silêncio respeitoso que nos devotam quando seus sentidos captam no ar que estamos em descompasso com o universo...?
Dodô tem sido, ao longo desses tantos anos vividos no atropelo, sem muito tempo para folhear a alegria e sequer para entrincheirar-se no desânimo, quase um anjo. Tal qual Ted Junior, que nos deixou em agosto de 2011, aos 13 anos, já quase um senhor idoso na cronologia canina.
Os anos novos entram e escapam implacáveis do calendário. As rugas vão tatuando a pele. As certezas vão se acomodando no sótão, envoltas em mofo e poeira. As dúvidas formam filas sinuosas, enquanto a razão e a afeição se fazem cada vez mais disciplinadas para nos poupar energias vitais.
Os cães, não. Não são assim brutalmente retaliados pela passagem do tempo. Nem se apercebem de que este escoa pela ampulheta. Creio que só registram a chegada da noite, o prenúncio dos primeiros raios solares. Não cifram nem decifram a vida em números, datas, em ganhos e perdas, como nós. Dedicam-se, e exclusivamente, à felicidade de seus donos, certos de que esta é a fonte, também, de sua alegria e bem estar.
Belos e carinhosos amigos de quatro patas, cuidem-se. Mantenham distância segura de nós, os humanos. E saibam que somos reconhecidos e gratos por se contentarem com as nossas sobras de cada dia; ou melhor, daqueles intervalos que separam o Sol da Lua. (Elvio Rocha)
Stellar, por Ignacio Torres
Stellar, por Ignacio Torres:
Ignacio Torres é um fotógrafo que curte realizar ensaios que fogem do convencional e, junto com isso, decidiu pegar sua teoria de que todas as pessoas desse mundo são formadas pelo pó de estrelas que deixam de existir em algum lugar do universo.
Com isso, montou este ensaio em 3D que mostra, através de gifs, a energia das pessoas. Um trabalho bonito e bem interessante. Vale ver a galeria.
Ignacio Torres é um fotógrafo que curte realizar ensaios que fogem do convencional e, junto com isso, decidiu pegar sua teoria de que todas as pessoas desse mundo são formadas pelo pó de estrelas que deixam de existir em algum lugar do universo.
Com isso, montou este ensaio em 3D que mostra, através de gifs, a energia das pessoas. Um trabalho bonito e bem interessante. Vale ver a galeria.
Buenos Aires Late (2008)
Ótimo disco para conhecer como anda a musica argentina hoje.
Buenos Aires Late (2008)
1 Gotan Project - Santa Maria (Del Buen Ayre) 5:58
2 Tanghetto - Inmigrante 4:11
3 Otros Aires - Sin Rumbo 3:53
4 Narcotango - Un Paso Mas Alla 6:50
5 Ultratango - Libertango 4:09
6 Maquinal Tango - Darsena Sur 3:36
7 Electrocutango - El Lloron 4:23
8 Debayres - Tango Colegiales 2:44
9 Terminal Tango - Baires 6am 6:21
10 Carlos Gutaia - La Cumparsita (Bonus Track) 3:10
Mais informações em Chilloungemusic
Buenos Aires Late (2008)
1 Gotan Project - Santa Maria (Del Buen Ayre) 5:58
2 Tanghetto - Inmigrante 4:11
3 Otros Aires - Sin Rumbo 3:53
4 Narcotango - Un Paso Mas Alla 6:50
5 Ultratango - Libertango 4:09
6 Maquinal Tango - Darsena Sur 3:36
7 Electrocutango - El Lloron 4:23
8 Debayres - Tango Colegiales 2:44
9 Terminal Tango - Baires 6am 6:21
10 Carlos Gutaia - La Cumparsita (Bonus Track) 3:10
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