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domingo, julho 23, 2006

RAP DO DE PAULA

Acho que é o primeiro rap do De Paula.Moderno, ele está se adequando aos novos tempos...


Passageiros
(Antonio Roberto de Paula)

Se conheceram no Terminal
Próximo do portão principal
Sem nenhuma apresentação
Sem abraço, aperto de mão
Foi em agosto de 1997
Uma terça, sete da manhã
Ele havia descido da 177
Ela vinha do Jardim Tarumã
Ele paralisou diante dela
Atrapalhando a passarela
Ela corada, de perna mole
Falou para os seus botões
Deus, preciso de um gole!!
Nunca tive essas sensações
Foi tudo tão de repente
E no meio de tanta gente
Se perderam na multidão
Deus, que foi esta visão??
Ele olhava para os lados
Procurando aquela deusa
Que o deixara atordoado
Mas ele tinha a certeza
Que ainda a encontraria
Como se chamaria?
Amanhã chego mais cedo
Nem que eu perca o emprego
Vou ficar de plantão
Bem junto ao portão
Vou tentar puxar conversa
Perguntar se está com pressa
Meu nome é José Arlindo
Para onde você está indo?
Santos Dumont com Herval?
É lá que eu vou, que legal!!
Enquanto Arlindo era só sonho
Anamaria, de olhar tristonho
Lembrou do rosto do rapaz
Pensou no que o destino faz
Quando nem nos damos conta
O imprevisto vem e apronta
Vem um moço do meio do nada
Me olha, me deixa encantada
E logo em seguida some
Quem será este homem?
Será que terei outro encontro?
No Terminal ou em outro ponto?
Só duas semanas depois
Houve o encontro dos dois
Desconsolado estava Arlindo
Ela tinha quase esquecido
E num dia quente, numa quinta
Por volta das dezoito e trinta
Terminou a monotonia
Para Arlindo e Anamaria
Nas plataformas lotadas
Entre esbarrões e peitadas
Mirou seus olhos nela
E viu o quanto era bela
Corpo, cabelos, boca, sorriso
Deus, do que mais eu preciso?
Ela, feliz, sustentou o olhar
Mas não conseguiu falar
Amou o moço de cara inocente
Percebeu que algo diferente
Forte nela havia se instalado
Coração agora estava ocupado
Amor a gente não escolhe
Deus, preciso de um gole!!
Felizes, juntaram os panos
Já se passaram dez anos
De amor, luta e união
E sempre acesa a paixão
Dois filhos, cresce a família
De Arlindo e Anamaria
Vez e outra, tomando cerveja
Jogando conversa na mesa
Faz um flashback o casal
Tudo começou no Terminal
Com gente entrando e saindo
Amores chegando e partindo
Um belo e comum caso
Manobrado pelo acaso
Que num normal e belo dia
Uniu Arlindo e Anamaria

Recado do Barbosinha - Estamos esperando o registro sonoro para colocar no bar...

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