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terça-feira, agosto 28, 2018

MARCOS CÉSAR LUKASZEWIGZ (1962-2011)




lukas Escola Laura Parente Bossolan, na Vila Esperança, em 1970



Usou o nome sugerido por Jaguar

ANDRESSA TAFFAREL
FOLHA DE SÃO PAULO

Quando criança, Marcos César Lukaszewigz gostava de copiar personagens de gibis. Com o tempo, foi criando seu próprio traço e, em 1982, passou a publicar suas tirinhas em fanzines de Maringá (PR), onde vivia desde os sete anos. 
No início, dividia a criação das tiras com o trabalho de funcionário público. Em 1987, seus personagens ganharam as páginas de jornais e revistas da cidade. Dois anos depois, pediu demissão do emprego e passou a se dedicar apenas ao humor. 
No vestibular de 1991 da UEM (Estadual de Maringá), uma de suas charges foi tema da redação, o que impulsionou sua carreira: acabou contratado pelo jornal maringaense "O Diário", onde trabalhou pelo resto da vida, apesar de ter recebido convites de outras publicações. 
lukas 1988

Seus primeiros trabalhos traziam seu nome completo como assinatura -Marcos César Lukaszewigz. 
Um dia, em 1985, após enviar um de seus desenhos para o cartunista Jaguar, recebeu uma sugestão: deveria usar apenas "Lukas" ou "teria o nome mais impronunciável do Paraná". 
Em 20 anos, criou personagens como Vagauzinho, Argemiro dos Santos, Odenilson dos Santos, Os Mendigos e o Vô. As tiras deram origem a dois livros -"O que Vier Eu Traço" e "Demos Graças"- e também foram temas de diversos trabalhos acadêmicos. 
Teve de fazer várias cirurgias por causa de um câncer de pescoço. Após a última, em julho, precisou ser internado após complicações. Morreu na segunda-feira (29/08/2011), aos 49, de pneumonia. Deixa viúva, dois irmãos e um sobrinho. 

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