sábado, abril 30, 2016
sexta-feira, abril 29, 2016
Dom Casmurro.
"“E com uma letra bem pequena, lá estava escrito no seu epitáfio: Tentou ser, não conseguiu; tentou ter, não possuiu; tentou continuar, não prosseguiu; e nessa vida de expectativas frustradas tentou até amar… Pois bem, não conseguiu, e aqui está.”
- Dom Casmurro. Machado de Assis
- Dom Casmurro. Machado de Assis
domingo, abril 24, 2016
Billy Paul
sexta-feira, abril 22, 2016
Pepe Mujica
"os únicos derrotados são os que desistiram de lutar. Não há um prêmio no final do caminho. O prêmio é o próprio caminho. " (Pepe Mujica)
quarta-feira, abril 20, 2016
Eduardo Galeano - Livro dos Abraços
A extorsão o insulto, a ameaça
o cascudo,
a bofetada,
a surra,
o açoite,
o quarto escuro,
a ducha gelada,
o jejum obrigatório,
a comida obrigatória,
a proibição de sair,
a proibição de se dizer o que se pensa,
a proibição de fazer o que se sente,
e a humilhação pública
são alguns dos métodos de penitência e tortura tradicionais na vida da
família. Para castigo à desobediência e exemplo de liberdade, a tradição familiar
perpetua uma cultura do terror que humilha a mulher, ensina os filhos a mentir e
contagia tudo com a peste do medo.
— Os direitos humanos deveriam começar em casa — comenta comigo, no
Chile, Andrés Domínguez.
(Eduardo Galeano - Livro dos Abraços)
o cascudo,
a bofetada,
a surra,
o açoite,
o quarto escuro,
a ducha gelada,
o jejum obrigatório,
a comida obrigatória,
a proibição de sair,
a proibição de se dizer o que se pensa,
a proibição de fazer o que se sente,
e a humilhação pública
são alguns dos métodos de penitência e tortura tradicionais na vida da
família. Para castigo à desobediência e exemplo de liberdade, a tradição familiar
perpetua uma cultura do terror que humilha a mulher, ensina os filhos a mentir e
contagia tudo com a peste do medo.
— Os direitos humanos deveriam começar em casa — comenta comigo, no
Chile, Andrés Domínguez.
(Eduardo Galeano - Livro dos Abraços)
Crônica da cidade do Rio de Janeiro
No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o Cristo Redentor
estende os braços. Debaixo desses braços os netos dos escravos encontram amparo.
Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e apontando seu fulgor,
diz, muito tristemente:
— Daqui a pouco, já não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar Ele daí.
— Não se preocupe — tranqüiliza uma vizinha —. Não se preocupe: Ele
volta.
A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na cidade violenta
soam tiros e também tambores: atabaques, ansiosos de consolo e de vingança,
chamam deuses africanos. Cristo sozinho não basta.
(Eduardo Galeano)
(Eduardo Galeano)
terça-feira, abril 19, 2016
Eduardo Galeano
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: — Me ajuda a olhar!
Todo dia era dia de índio
Criança Yawalapiti, Chapada dos Veadeiros, município de São Jorge/GO, Brasil
domingo, abril 17, 2016
Angela de Campos
O tempo soluça no relógio
as rugas horizontais
que não tatuam meu rosto.
Ponteiros
agulhas invisíveis
injetam o ritmo
que infecta o dia.
(Angela de Campos)
as rugas horizontais
que não tatuam meu rosto.
Ponteiros
agulhas invisíveis
injetam o ritmo
que infecta o dia.
(Angela de Campos)
sábado, abril 16, 2016
Ecos from House On Haunted Hill (1959)
sexta-feira, abril 15, 2016
Morre Eduardo Galeano
13 de Abril
Nessa manhã, no ano de 2015, morreu Eduardo Galeano. O uruguaio foi a síntese da historia da América Latina, de sua gente, das suas mitologias e suas poéticas. Deu dignidade aos povos de raças tão tristes. Viveu sem medo. E desde sua morte, desamparados, nós é que ficamos com esse medo de viver.
Nessa manhã, no ano de 2015, morreu Eduardo Galeano. O uruguaio foi a síntese da historia da América Latina, de sua gente, das suas mitologias e suas poéticas. Deu dignidade aos povos de raças tão tristes. Viveu sem medo. E desde sua morte, desamparados, nós é que ficamos com esse medo de viver.
quinta-feira, abril 14, 2016
Eduardo Galeano
A uva e o vinho
Um homem dos vinhedos falou, em agonia, junto ao
ouvido de Marcela. Antes de morrer, revelou a ela
o segredo:
– A uva – sussurrou – é feita de vinho.
Marcela Pérez-Silva me contou isso, e eu pensei: se a
uva é feita de vinho, talvez a gente seja as palavras que
contam o que a gente é.
ouvido de Marcela. Antes de morrer, revelou a ela
o segredo:
– A uva – sussurrou – é feita de vinho.
Marcela Pérez-Silva me contou isso, e eu pensei: se a
uva é feita de vinho, talvez a gente seja as palavras que
contam o que a gente é.
Eduardo Galeano - Livros dos Abraços
domingo, abril 10, 2016
sábado, abril 09, 2016
terça-feira, abril 05, 2016
sábado, abril 02, 2016
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