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segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Cúmplices


Quando eu me embriagar por ti

Com a cachaça amarga da loucura

Encontrarei no leito que te perdi

Uma faca no peito, um resto de amargura


E, quando cair na noite escura,

Vais entender os nossos caminhos,

Risos tortos, nossos desatinos,

Momentos mortos e a nossa culpa


A cumplicidade das bocas úmidas

Os sentimentos d’alma incauta

Na verdade, a mente cheia de dúvidas


Será tua boca a tremer no asilo

Ou a angústia do véu das fraldas

Ante a solidão a ocupar o berço vazio

(Marcelo Bulgarelli)


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