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domingo, fevereiro 25, 2007

O poder dos Blogs

Bem mais do que inocentes diários eletrônicos, os blogs hoje representam uma mudança radical no uso da informação. Podem ser perigosos para quem não entende a velocidade e a força dos posts, mas também podem ser uma alavanca de sucesso para quem souber tirar proveito deles.

Em "Blog – Entenda a revolução que vai mudar seu mundo", Hugh Hewitt, um influente blogueiro que possui uma coluna semanal no The Daily Standard, a edição on-line de The Weekly Standard, e no WorldNetDaily.com ., mostra que empresários, políticos e executivos de marketing precisam logo ocupar espaço nesse movimento.

Hewitt vem se tornando um historiador em tempo real (como é próprio da internet) do que foi batizado como Blogosfera. De forma ativa, ele vivenciou os processos deflagrados por importantes blogs americanos que resultaram em recentes escândalos nacionais. O primeiro envolvendo o senador republicano Trent Lott e o outro, John Kerry, candidato à presidência dos Estados Unidos contra George W. Bush.

Lott teve uma declaração de apoio a antigo político racista discutida exaustivamente na internet, o que o levou a renunciar à liderança de seu partido no Senado. Já Kerry foi pego em uma mentira. Para atacar o comando militar do país, disse ter sido enviado clandestinamente ao Camboja, nos anos 1970, quando na verdade não esteve lá. O episódio comprometeu sua campanha.

Com base nos casos desses dois políticos, entre outros contados em Blog, Hewitt defende que as pessoas tenham muita atenção a essa nova mídia para não perderem espaço no mercado em pouco tempo. O escritor sustenta que os blogs são os megafones da mídia. E o que ocorreu com os políticos ocorre também com as empresas.

Hugh Hewitt aponta o investimento nos blogs como um caminho urgente para os responsáveis pelo marketing das empresas. Públicos específicos como é difícil ter na mídia tradicional e valores mais baixos são aspectos atraentes para a exploração dos blogs.

No livro, ele dá dicas de como escolher os blogueiros e considera fundamental a atenção aos conteúdos: pelo alcance e velocidade do veículo, a confiança é o grande produto em questão. Um engano, uma informação mal-usada e, segundo Hewitt, o blog se esvazia rapidamente. Nesse caso, a empresa envolvida se vê numa repercussão negativa quase instantânea, a avalanche a que se refere.

O site americano Technorati (http://technorati.com), espécie de observador do que é divulgado pela Internet e citado em Blog por Hugh Hewitt, afirma que há na rede hoje mais de 66 milhões de blogs registrados. Ainda segundo o site, 175 mil são criados todos os dias. Eram cerca de 50 apenas, em 1999, quando, de acordo com Hewitt, teve início o fenômeno. (O Globo online)

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

SOBRE A MORTE DO MENINO

Uma vida em 7 quilômetros

Os 7 km que marcaram o calvário de João Hélio, morto ao ser arrastado pelo lado de fora do carro em que estava, revela mais que uma violência epidêmica. Evidencia vazio de sentido e ausência de projeto – tema que a parcela conservadora da sociedade e seus colossos midiáticos não pretendem discutir.

Gilson Caroni Filho


Viver é procurar um sentido para nossos desejos e realizá-los no trajeto.Os sete quilômetros que marcaram o calvário de João Hélio Fernandes, seis anos, morto ao ser arrastado pelo lado de fora do carro em que estava, revela mais que uma violência epidêmica. Evidencia vazio de sentido e ausência de projeto. Um país que, por seus fracionamentos internos, não logrou constituir uma comunidade de pessoas que compartilham destino comum, mostra sua face mais bruta.

O bárbaro assassinato do garoto foi habilmente instrumentalizado pela parcela conservadora da sociedade brasileira e seus colossos midiáticos. Não se pretende debater causas ou promover o pensamento crítico a respeito das complexas bases sociais onde estão assentadas as verdadeiras raízes da violência. Isso, segundo a bílis vomitada na imprensa, é discussão periférica, discurso dos que pregam a inércia ante a ação criminosa.

O que está em curso é um projeto de linchamento, uma vingança classista que, paradoxalmente, clama, ao mesmo tempo, pela Lei de Talião e por uma legislação penal mais severa. Não peçam sensatez nesse momento.Não mencionem a necessidade de implementação de políticas públicas de inclusão. O que vale para os dispositivos agenciados é a desnaturação do "outro" de classe. Algo que o revele como anomalia a ser eliminada. Custe o que custar, doa a quem doer.

Legislação penal mais rigorosa e sistemas prisionais mais punitivos não são apenas demandas simplórias.São,antes de tudo, plataformas de uma ideologia que pretende ocultar o aspecto central do problema: nossa sociedade é estruturalmente violenta e antidemocrática. E é assim que funcionam seus mecanismos fundamentais de reprodução.

Defensores de direitos humanos são apresentados, na estrutura narrativa da grande mídia, como românticos que produzem platitudes a partir de esquemas sociológicos abstratos.Pessoas que ainda não compreenderam que cidadania não requer sujeitos de direito, mas consumidores pacificados pela punição da malta que, sem poder, partilha o imaginário consumista.

O sociólogo Luiz Eduardo Soares, em réplica aos que consideram o Estatuto da Criança e do Adolescente pouco severo indaga: "qual severidade melhor serviria á sociedade brasileira? Aquela que é adjetiva, que faz profissão de fé na retórica da intolerância, da dureza policial, do vigor punitivo, mas que na prática concorre para a reprodução da irracionalidade institucionalizada?”

Afinal, o que desejamos? Consolidar avanços ou reforçar descasos? As manifestações conservadoras não deixam dúvida. Discussões sobre desigualdade e exclusão não estão na ordem do dia.

A matéria de capa da revista Época (edição 457, de 19/02/2007) não poderia ser mais didática. O sugestivo título “As lições da Colômbia para o Brasil” remete ao modelo desejado. O texto da jornalista Ruth Aquino não deixa dúvida quanto aos propósitos editoriais da publicação "Como argumentar que no Brasil falta dinheiro para a segurança, se o PIB da Colômbia equivale ao do Estado do Paraná (US$98 bilhões) e o PIB do Brasil é oito vezes maior,US$ 796 bilhões”. E a marcha batida ao uribismo vai até a última linha.

O que não se revela ao leitor é que a política de "segurança democrática" desvia recursos humanos e econômicos que poderiam estar sendo aplicados em soluções de longo prazo, fato que contrariaria os interesses dos grupos de maior poder econômico.Também não são mencionadas as relações estreitas do governo com grupos paramilitares, responsáveis pelo tráfico de cocaína e ataques aos direitos humanos. É omitido ao longo da reportagem que o presidente Uribe ignora com freqüência recomendações da Comissão de Direitos Humanos da ONU e do Gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas em Bogotá. Será esse o projeto de país das Organizações Globo? Um Estado que tem em seu entorno o tráfico e o extermínio?

Talvez devêssemos aprofundar o debate a partir das palavras do saudoso Hélio Pellegrino. " Somos humanos na medida de renúncias decisivas, de recalques e exílios amargos, de perdas e danos que ferem de morte nossas exigências ordinárias"( Édipo e Liberdade-1989). Ou partimos daí ou nos deixaremos levar pela recorrente folhetinização de tragédias

A melhor homenagem que se pode prestar a memória de João Hélio e não fazer de sua tragédia pretexto para o fascismo de sempre.

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, e colaborador do Jornal do Brasil, Observatório da Imprensa e La Insignia.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Andaimes

Andaimes


A cidade de Eusébio, Bráulio e Luis Carlos

Tem muitos andaimes.

A cidade não tem cores.

É de arame.

Bráulio é de cimento

É vento.

Eusébio acaricia tijolos

Ventania.

Luis Carlos mede metade

Tempestade

E essa conhecida gente

Assiste atônita

A coreografia da atriz anônima

Nua e ensaboada

Com a janela escancarada

É enxugada por vastos sorrisos

Sem os dentes

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

A origem do homem


Sim, meu rosto está molhado.

Tomei um banho de chuva antes do casamento.

Entrei na Igreja molhado, sim.

Encharcados, eu e as damas de honra.

Foi um banho de chuva memorável:

Banho de poça, bonecos de barro.

Ignorava que o Absoluto é carregado

por todas as mulheres do mundo.

E que o homem é um capítulo de um livro

da história vivida por uma mulher...

(Marcelo Bulgarelli / A Origem do Homem /

em 19.4.94)

Cúmplices


Quando eu me embriagar por ti

Com a cachaça amarga da loucura

Encontrarei no leito que te perdi

Uma faca no peito, um resto de amargura


E, quando cair na noite escura,

Vais entender os nossos caminhos,

Risos tortos, nossos desatinos,

Momentos mortos e a nossa culpa


A cumplicidade das bocas úmidas

Os sentimentos d’alma incauta

Na verdade, a mente cheia de dúvidas


Será tua boca a tremer no asilo

Ou a angústia do véu das fraldas

Ante a solidão a ocupar o berço vazio

(Marcelo Bulgarelli)


domingo, fevereiro 18, 2007

AS MENINAS

O tempo não pára. Foto de 1981 das minhas primeiras sobrinhas: Ana Cecília, Cristina e Cláudia. Na casa da Mosela, em Petrópolis (RJ). No carro do meu irmão, a placa de Guarapuava (PR). Algo que já dizia que eu viria pra essas bandas...
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sábado, fevereiro 17, 2007

Devassa


Ela já chegou. No Big e no Mercadorama é possível encontrar a famosa cerveja Devassa. A garrafinha (350 ml) é cara: cerca de R$3. O mais interessante é que a cervejaria carioca conseguiu fazer sucesso aliando a sensualidade da garota da tampinha como a gostosura da espumosa. Tem mais marketing do que sabor. Prefiro a Baden Baden (Campos do Jordão) e aquela fabricada em Blumenau.

Na massa


Qual a melhor pizza da cidade? Recentemente descobri a Opa! na Cerro Azul. Destaque para a de gorgonzola com cogumelo fughi e a de tomates seco com rúcula.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Certa noite no Bar do Moacyr

Trilha sonora: Márcio Faraco

CIRANDA

Se tento correr o tempo pára

Se páro pra ver o mundo anda

Ele vem bater na minha cara

A vida é sempre essa ciranda

Se a noite me traz uma tristeza

O dia vem cheio de alegria

O que falo agora com certeza

Há pouco não sei se eu diria

Eu quero gritar ninguém me escuta

Está tudo preso na garganta

Às vezes me cansa tanta luta

E é pra não chorar que a gente canta

A gente canta

Eu vi uma luz no fim do túnel

Enchi de esperança o coração

A luz que lá estava foi chegando

Era um trem carregado de ilusão

Andando só na corda bamba

Não temo o futuro da nação

A gente que sempre dançou samba

Enfrenta qualquer divisão

A gente canta

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

DEBATE

Recebi hoje um convite para um debate com estudantes do Cesumar, nesta quinta as 19h30. Na pauta, a ética. Estarei na companhia de Cibele, Massali e Pupim. Acho que o De Paula também foi convidado. Em suma: estarei em boa companhia.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

UM QUE TENHA


Descobri, há seis meses, o blog umquetenha.blogspot.com
São postados discos antigos, raros da MPB. Dizem que o dono do blog tem 18 mil discos. O dono definiu o blog da seguinte forma:

"Este blog tem caráter hedônico-cultural. Nosso propósito nunca foi e será o de comercializar o prazer em ouvir música, mas difundi-lo e compartilhá-lo, sem resultar em ônus ou benefício financeiro direto ou indireto para ninguém. É possível que nem todos ajam e pensem da mesma forma, e, se por algum motivo alguém se sentir ofendido ou prejudicado com o conteúdo de algum post, avise-nos por e-mail para que ele seja retirado. O site não hospeda arquivos de música e os links têm prazo de validade limitado. Aos que baixarem os arquivos, se gostarem do que ouviram, sugiro que adquiram os álbuns em lojas ou sites especializados, caso não estejam fora de catálogo"

Terremoto no Ceará!

Depois dos terremotos ocorridos na Ásia, o Governo Brasileiro resolveu
cobrir todo o país. O então recém-criado Centro Sísmico Nacional, poucos
dias após entrar em funcionamento, já detectou que haveria um grande
terremoto no Nordeste do país. Assim, enviou um telegrama à delegacia de
polícia de Icó, uma cidadezinha no interior do Estado do Ceará.

Dizia a mensagem : "Urgente. Possível movimento sísmico na zona.
Muito perigoso. Richter 7. Epicentro a 3 km da cidade. Tomem medidas e
informem resultados com urgência."

Somente uma semana depois, o Centro Sísmico recebeu um telegrama que
dizia:

"Aqui é da Polícia de Icó. Movimento sísmico totalmente desarticulado.
Richter tentou se evadir, mas foi abatido a tiros. Desativamos as zonas.
Todas as putas estão presas. Epicentro, Epifânio, Epicleison e os outros
cinco irmãos estão detidos.

Não respondemos antes porque houve um terremoto da porra aqui."

Cálice

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