sábado, dezembro 30, 2006
domingo, dezembro 24, 2006
PAPAI NOEL
Página editorial do jornal "The New York Sun" , em 1897.
Nós temos o prazer de responder à carta abaixo, expressando ao mesmo tempo nossa gratidão por sua autora estar entre os leitores fiéis do The Sun.
Eu tenho 8 anos. Alguns dos meus amiguinhos dizem que Papai Noel não existe. Meu pai sempre diz, “se estiver no "Sun" , então existe”. Por favor, diga-me a verdade: Papai Noel existe?
Virginia O´Hanlon
Virginia, seus amiguinhos estão errados. Eles têm sido afetados pelo ceticismo de uma era marcada pela descrença das pessoas.
Eles não acreditam no que não vêem. Eles não acreditam no que suas pequenas mentes não podem entender. Todas as mentes, Virginia, são pequenas, não importa se são de crianças ou de adultos.
Neste nosso grande universo, o homem é um mero inseto, uma formiga, quando seu cérebro é comparado com o infinito mundo ao seu redor, ou quando ele é medido pela inteligência capaz de absorver toda a verdade e conhecimento.
Sim, Virginia, existe Papai Noel.
É tão certo que ele exista, como existe o amor, a generosidade e a devoção, e você sabe que tudo isso existe em abundância para dar mais beleza e alegria a nossas vidas.
Ah! Como o mundo seria sombrio se Papai Noel não existisse! Seria tão triste como se não existissem Virginias. Não haveria então a fé das crianças, a poesia, nenhum romance que tornasse tolerável a existência. Nós não teríamos nenhuma felicidade, exceto em nossos sentidos. A luz acesa com a qual as crianças enchem o mundo estaria apagada.
Não acreditar em Papai Noel! É como não acreditar nas fadas.
Você deveria pedir ao seu pai que contratasse muitos homens para que eles vigiassem todas as chaminés, e assim você pegaria o Papai Noel, mas, mesmo que você não o veja descendo por uma das chaminés, o que isso provaria?
Ninguém vê Papai Noel, mas não há nenhum indício de que ele não existe. As coisas mais reais deste mundo são aquelas que nem as crianças e nem os adultos podem ver. Você já viu as fadas dançando no campo? Claro que não, mas não existem provas de que elas não estão lá. Ninguém pode compreender ou imaginar todas as maravilhas do mundo que são invisíveis e que nunca poderão ser admiradas.
Você quebra o chocalho de um bebê e vê o que faz o barulho por dentro dele, mas existe um véu que cobre o mundo invisível, que nem mesmo o homem mais forte, nem mesmo a união das forças dos homens mais fortes do mundo poderia rompê-lo.
Apenas a fé, a poesia, o amor e a imaginação podem abrir esta cortina, ver e pintar a beleza sobrenatural e a glória que estão por trás dela. E tudo isso é real?
Ah, Virginia, em todo esse mundo não há nada mais real e permanente.
Não existe Papai Noel? Graças a Deus que ele vive, e que viva para sempre. Daqui a mil anos, Virginia, ou daqui a cem mil anos, ele continuará a trazer alegria para o coração das crianças.
Recado do Barbosinha: Virginia morreu com 81 anos, em 1971, e durante a vida recebeu milhares de cartas sobre crianças e adultos que queriam falar com ela sobre a existência do Papai Noel. A todas, respondeu mandando junto com a carta o editorial do "Sun" anexado.
Nós temos o prazer de responder à carta abaixo, expressando ao mesmo tempo nossa gratidão por sua autora estar entre os leitores fiéis do The Sun.
Eu tenho 8 anos. Alguns dos meus amiguinhos dizem que Papai Noel não existe. Meu pai sempre diz, “se estiver no "Sun" , então existe”. Por favor, diga-me a verdade: Papai Noel existe?
Virginia O´Hanlon
Virginia, seus amiguinhos estão errados. Eles têm sido afetados pelo ceticismo de uma era marcada pela descrença das pessoas.
Eles não acreditam no que não vêem. Eles não acreditam no que suas pequenas mentes não podem entender. Todas as mentes, Virginia, são pequenas, não importa se são de crianças ou de adultos.
Neste nosso grande universo, o homem é um mero inseto, uma formiga, quando seu cérebro é comparado com o infinito mundo ao seu redor, ou quando ele é medido pela inteligência capaz de absorver toda a verdade e conhecimento.
Sim, Virginia, existe Papai Noel.
É tão certo que ele exista, como existe o amor, a generosidade e a devoção, e você sabe que tudo isso existe em abundância para dar mais beleza e alegria a nossas vidas.
Ah! Como o mundo seria sombrio se Papai Noel não existisse! Seria tão triste como se não existissem Virginias. Não haveria então a fé das crianças, a poesia, nenhum romance que tornasse tolerável a existência. Nós não teríamos nenhuma felicidade, exceto em nossos sentidos. A luz acesa com a qual as crianças enchem o mundo estaria apagada.
Não acreditar em Papai Noel! É como não acreditar nas fadas.
Você deveria pedir ao seu pai que contratasse muitos homens para que eles vigiassem todas as chaminés, e assim você pegaria o Papai Noel, mas, mesmo que você não o veja descendo por uma das chaminés, o que isso provaria?
Ninguém vê Papai Noel, mas não há nenhum indício de que ele não existe. As coisas mais reais deste mundo são aquelas que nem as crianças e nem os adultos podem ver. Você já viu as fadas dançando no campo? Claro que não, mas não existem provas de que elas não estão lá. Ninguém pode compreender ou imaginar todas as maravilhas do mundo que são invisíveis e que nunca poderão ser admiradas.
Você quebra o chocalho de um bebê e vê o que faz o barulho por dentro dele, mas existe um véu que cobre o mundo invisível, que nem mesmo o homem mais forte, nem mesmo a união das forças dos homens mais fortes do mundo poderia rompê-lo.
Apenas a fé, a poesia, o amor e a imaginação podem abrir esta cortina, ver e pintar a beleza sobrenatural e a glória que estão por trás dela. E tudo isso é real?
Ah, Virginia, em todo esse mundo não há nada mais real e permanente.
Não existe Papai Noel? Graças a Deus que ele vive, e que viva para sempre. Daqui a mil anos, Virginia, ou daqui a cem mil anos, ele continuará a trazer alegria para o coração das crianças.
Recado do Barbosinha: Virginia morreu com 81 anos, em 1971, e durante a vida recebeu milhares de cartas sobre crianças e adultos que queriam falar com ela sobre a existência do Papai Noel. A todas, respondeu mandando junto com a carta o editorial do "Sun" anexado.
quinta-feira, dezembro 21, 2006
domingo, dezembro 17, 2006
BOAS FESTAS
Boas festas
(Assis Valente)
Anoiteceu, o sino gemeu
E a gente ficou feliz a rezar
Papai Noel, vê se você tem
A felicidade pra você me dar
Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem
Boas festas foi composta no Natal de 1932 pelo solitário Assis Valente, no quarto onde morava na Praia de Icaraí (Niterói). Ele se inspirou nesse quadro,com a menina. Boas Festas se tornaria uma canção natalina eterna. Assis Valente passou aquele Natal sozinho.
sábado, dezembro 16, 2006
ELVIO
sexta-feira, dezembro 08, 2006
quarta-feira, dezembro 06, 2006
EXPOSIÇÃO DA CAIXA
domingo, dezembro 03, 2006
quinta-feira, novembro 30, 2006
Silvio Santos e o Bambu
Essse video ´foi retirado do YouTube.. Mas voce pode conferir aqui. É o programa do Silvio Santos da década de 80. A menina tem boca suja e mandou o Silvio enfiar o bambu naquele lugar. Um clássico da saia justa! |
ANTOLÓGICA
Cena antológica - Em 2002, um palhaço de rua me procurou para se queixar da fiscalização da Pefeitura de Maringá que proibia o trabalho dele no centro da cidade. O problema, então, foi discutido pessoalmente com o então secretário de Fazenda, Enio Verri (hoje deputado estadual eleito).
Recado do Barbosinha - Foto de Ivan Amorin/O Diário
terça-feira, novembro 28, 2006
domingo, novembro 26, 2006
DA MINHA JANELA
Dias atrás, Elvio Rocha era uma dos colaboradores do caderno D+ de O Diário (Desvio de Coluna). Fiquei muito triste quando ele comunicou que não poderia continuar no grupo de colaboradores. Afinal, Élvio é Élvio. Resolvi, então, chamar o velho (no bom sentido) Sr. Antonio Roberto de Paula, autor do livro Da Minha Janela. E esse foi o nome da coluna dele. Neste domingo, o Sr. De Paula entrou no clima do Natal. Confira.
Da minha janela
Antonio Roberto de Paula
depaularoberto@bs2.com.br
.......................................................................
Recupere a velha árvore
O Natal está batendo na nossa porta. São toques tímidos ainda, mas logo aumentam de intensidade, até que você abre. Não tem como evitar. Você entra de cabeça, tronco e membros no espírito natalino. A cidade cria um cenário festivo. Fachadas enfeitadas, outdoors felizes e sorridentes, músicas embalando nossos corações e cobrando o cristão que existe dentro da gente dão o tom deste mês de festas, viagens, férias e cheques pré-datados até maio de 2007.
Então você tira da caixa empoeirada a árvore branca sintética, meio estropiada, testemunha de vários dezembros, coloca em cima da mesinha de centro, que agora vai ficar no canto da sala, pega o que sobrou das bolas e penduricalhos, põe uma estrela cintilante na ponta e traz o Natal para dentro de casa. Ia me esquecendo: tem ainda o pisca-pisca de lampadinhas coloridas para ser enrolado na árvore.
Na loja de R$ 1,99 – que já está na casa do R$ 3,99 -, na prateleira repleta de balangandãs de motivos natalinos, você escolhe uma guirlanda com uma fita vermelha de nó caprichado e põe na porta de entrada da sua casa. Com este simbolismo, você informa aos parentes, amigos, vizinhos e a quem eventualmente passar por ali que está no clima.
Agora, a vida natalina vai passar na TV. De manhã, à tarde, à noite e de madrugada. O Bom Velhinho, de barba branca, original ou postiça, vai mandar um sorriso cativante para você. A roupa é quente, mas o coração também é. Os presentes vão invadir sua tela e uma culpa mastodôntica vai invadir seu peito só de pensar em não comprar as tais lembrancinhas para os queridos de sempre.
Mensagens cristãs vão chegar até você pelo correio, pelo telefone e pela internet com interesses um pouco maiores de desejar felicidades. Natal, tempo de reflexão, tempo de perdão, de 13º, de cores, sabores, harpas, roupas e móveis novos e luzes intensas. E não venha me dizer que você consegue passar incólume diante desta convidativa avalanche?
A cidade vai estar toda iluminada. A magia se repete, os néons reverberam. Shoppings, lojas e quiosques cúmplices para chamar a atenção que é Natal. Casas, prédios, árvores e ruas parceiras no objetivo de nos despertar e nos iluminar.
Na data maior, potencializam-se as emoções. Elevam-se as alegrias e as tragédias pessoais repercutem devastadoramente. Na porta aberta para a entrada do Natal, entram todos os sentimentos latentes.
Ou o Natal não seria justamente o tempo de se abrir e conferir a quantas anda esta alma velha de guerra, fustigada pelas pequenas batalhas diárias que vão moldando nossa forma de ver a vida? Então, abra a porta, que seja Natal. Recupere aquela velha árvore.
Da minha janela
Antonio Roberto de Paula
depaularoberto@bs2.com.br
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Recupere a velha árvore
O Natal está batendo na nossa porta. São toques tímidos ainda, mas logo aumentam de intensidade, até que você abre. Não tem como evitar. Você entra de cabeça, tronco e membros no espírito natalino. A cidade cria um cenário festivo. Fachadas enfeitadas, outdoors felizes e sorridentes, músicas embalando nossos corações e cobrando o cristão que existe dentro da gente dão o tom deste mês de festas, viagens, férias e cheques pré-datados até maio de 2007.
Então você tira da caixa empoeirada a árvore branca sintética, meio estropiada, testemunha de vários dezembros, coloca em cima da mesinha de centro, que agora vai ficar no canto da sala, pega o que sobrou das bolas e penduricalhos, põe uma estrela cintilante na ponta e traz o Natal para dentro de casa. Ia me esquecendo: tem ainda o pisca-pisca de lampadinhas coloridas para ser enrolado na árvore.
Na loja de R$ 1,99 – que já está na casa do R$ 3,99 -, na prateleira repleta de balangandãs de motivos natalinos, você escolhe uma guirlanda com uma fita vermelha de nó caprichado e põe na porta de entrada da sua casa. Com este simbolismo, você informa aos parentes, amigos, vizinhos e a quem eventualmente passar por ali que está no clima.
Agora, a vida natalina vai passar na TV. De manhã, à tarde, à noite e de madrugada. O Bom Velhinho, de barba branca, original ou postiça, vai mandar um sorriso cativante para você. A roupa é quente, mas o coração também é. Os presentes vão invadir sua tela e uma culpa mastodôntica vai invadir seu peito só de pensar em não comprar as tais lembrancinhas para os queridos de sempre.
Mensagens cristãs vão chegar até você pelo correio, pelo telefone e pela internet com interesses um pouco maiores de desejar felicidades. Natal, tempo de reflexão, tempo de perdão, de 13º, de cores, sabores, harpas, roupas e móveis novos e luzes intensas. E não venha me dizer que você consegue passar incólume diante desta convidativa avalanche?
A cidade vai estar toda iluminada. A magia se repete, os néons reverberam. Shoppings, lojas e quiosques cúmplices para chamar a atenção que é Natal. Casas, prédios, árvores e ruas parceiras no objetivo de nos despertar e nos iluminar.
Na data maior, potencializam-se as emoções. Elevam-se as alegrias e as tragédias pessoais repercutem devastadoramente. Na porta aberta para a entrada do Natal, entram todos os sentimentos latentes.
Ou o Natal não seria justamente o tempo de se abrir e conferir a quantas anda esta alma velha de guerra, fustigada pelas pequenas batalhas diárias que vão moldando nossa forma de ver a vida? Então, abra a porta, que seja Natal. Recupere aquela velha árvore.
sábado, novembro 25, 2006
quinta-feira, novembro 23, 2006
ZUMBI VIVE !
domingo, novembro 19, 2006
JORGE PEDRO
TERRA 2
TERRA PROMETIDA
sexta-feira, novembro 10, 2006
terça-feira, novembro 07, 2006
segunda-feira, novembro 06, 2006
HORARIO DE VERÃO
Começou o tal horário. E eu o odeio. Lembro dos sambas de Noel Rosa que ´já ironizava o Horário de Verão quando foi implantado pela primeira vez, em 1931. Noel Rosa compôs e gravou dois sambas ironizando o fato.
Um dos sambas, "Pulo da Hora", também ficou conhecido pelo seu primeiro verso: "Que Horas São?". Já o outro, intitulado "Por Causa da Hora" (confira a letra), era identificado no selo do disco como "samba do horário".
Meu bem
Veja quanto sou sincero
No poste sempre eu espero
Procurou bonde por bonde
E você nunca que vem
Olho, ninguém me responde
Chamo, não vejo ninguém...
Talvez seja por causa dos relógios
Que estão adiantados uma hora
Que eu, triste, vou-me embora
Sempre a pensar porque
Não encontro mais você?
Terei que dar um beiço adiantado
Com o adiantamento de uma hora
Como vou pagar agora
Tudo o que comprei a prazo
Se ando com um mês de atraso?
Eu que sempre dormi durante o dia
Ganhei mais uma hora pra descanso
Agradeço ao avanço
De uma hora no ponteiro:
“Viva o Dia Brasileiro!”
Confira:
powered by ODEO
Um dos sambas, "Pulo da Hora", também ficou conhecido pelo seu primeiro verso: "Que Horas São?". Já o outro, intitulado "Por Causa da Hora" (confira a letra), era identificado no selo do disco como "samba do horário".
Meu bem
Veja quanto sou sincero
No poste sempre eu espero
Procurou bonde por bonde
E você nunca que vem
Olho, ninguém me responde
Chamo, não vejo ninguém...
Talvez seja por causa dos relógios
Que estão adiantados uma hora
Que eu, triste, vou-me embora
Sempre a pensar porque
Não encontro mais você?
Terei que dar um beiço adiantado
Com o adiantamento de uma hora
Como vou pagar agora
Tudo o que comprei a prazo
Se ando com um mês de atraso?
Eu que sempre dormi durante o dia
Ganhei mais uma hora pra descanso
Agradeço ao avanço
De uma hora no ponteiro:
“Viva o Dia Brasileiro!”
Confira:
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domingo, outubro 29, 2006
VILA DE REI - O EMBUSTE
">
Esse vídeo circula no YouTube e fala sobre o "Embuste de Vila de Rei', local para onde foram se aventurar as familias maringaenses em terras portuguesas, na tentativa da prefeitura local em repovoar a região. Tudo fracassou. No site oficial da Prefeitura de Vila de Rei, há a seguinte nota de esclarecimento sobre o caso.
Esclarecimento sobre a vinda dos Brasileiros
2006-10-19
Perante as informações que têm vindo a público através da Comunicação Social, a Câmara Municipal de Vila de Rei pretende prosseguir com alguns esclarecimentos.
A selecção dos candidatos foi efectuada pela Prefeitura de Maringá. A esta autarquia coube a elaboração dos contratos e todo o processo de legalização (em Portugal), através do Gabinete de Apoio ao Emigrante.
O prometido foi efectivamente cumprido: habitação, alimentação e emprego. Quanto a este último, o início foi apenas possível após ultimado o processo de legalização e, portanto, ultrapassadas as burocracias àquele adjacentes. Assim, é com grande admiração que toma conhecimento das declarações proferidas à Comunicação Social por parte de alguns beneficiários do projecto.
Foram oferecidas 3 casas para habitar, em São João do Peso - a que ocuparam e duas na antiga escola primária da freguesia (adaptada pela Câmara Municipal para o efeito). Segundo uma das beneficiárias – Letícia Duarte – “Fomos nós que optamos por ficar juntos na casa grande”. Aliás, é a própria que afirma não se rever nas críticas feitas à Câmara. “O Pedro e a Cecília não aceitaram o que lhes foi oferecido, nomeadamente no Centro de Acolhimento.” Em sua opinião, relativamente a Daniel, Regiane e Diane Padilha “(…) faltou maturidade. Não estavam habituados a viver longe da família e a fazer sacrifícios”. Quanto a Cecília Fraga, refere que não tem conhecimento do que lhe foi prometido, mas tem a certeza de que veio com um estatuto diferente de qualquer dos outros. “A Cecília queixa-se por ser sozinha, mas ela já sabia que ía estar sozinha com os filhos!”. Em relação ao Pedro e Adélia Oliveira, a esta última foi oferecido um emprego na área de que gosta e um pouco melhor remunerado, embora num Concelho vizinho. “Aceitou, até porque tem que garantir o sustento da sua família”
Em entrevista a jornais e televisões, Cecília Fraga diz que a Autarquia não lhes deu qualquer apoio e que o filho nem sequer teve vaga na Creche… A edil do Município não se coíbe de referir que tanto o filho de Cecíla como o de Pedro frequentaram a sala de Jardim de Infância criada pela Câmara para colmatar a falta de vagas no Jardim de Infância oficial. Não eram as únicas crianças inscritas e a frequentar. A Cecília, sem qualquer justificação ou sequer informação, transferiu-o para o particular. Chegou mesmo a dizer à Socióloga da Câmara, quando esta a interpelou sobre a razão da transferência, que o pai do Arthur lhe pagaria todas as despesas de educação, assim como o pai de Rebeca, pois ambos estavam bem de vida.
Quanto às dificuldades financeiras da jornalista, a sua compatriota refere ainda que “Se está na situação que diz é porque quer. Eu também vi muitas casas bonitas mas tive que alugar uma que pudesse pagar. A escola das crianças sei que é o pai delas que suporta; não é uma despesa dela.”. É do conhecimento geral que a D. Cecília possui dívidas (entre as quais se contabiliza uma de mais de 1000 euros à PT (Internet) – informação da própria), porém também é do conhecimento geral que foram contraídas pelo facto de pretender “dar o passo maior do que a perna”.
Letícia Duarte, em relação ao apoio da Câmara, refere que “(…) sempre que fosse necessário a autarquia estivesse sempre disponível, tanto com Técnicos como com transporte.”
Em termos laborais, todos sabiam que vinham trabalhar para uma IPSS, que com eles estava a contar. A burocracia do processo de legalização fez com que necessitassem trabalhar, enquanto este não se definisse, numa unidade hoteleira, a Albergaria D. Dinis. Esta adquiriu propositadamente uma carrinha de 9 lugares (Hyndai – 42-21-LI) para as suas deslocações. “Sempre foi do nosso conhecimento que ganharíamos 400 €” (Letícia Duarte), porém, refere o gerente da Albergaria, Hélder Marçal, “Pagávamos-lhes acima do salário mínimo e, aos 3 adultos que foram viver e trabalhar nos restaurantes da Sertã, o alojamento. A todos garantíamos as refeições. Nunca passaram fome nem sequer faziam horas a mais.”
Estando a contar com estas pessoas para trabalhar, à Directora-técnica da IPSS nunca foi dada qualquer justificação para não irem. “A Cecília desde sempre praticamente se recusou a trabalhar aqui, contrariando o que disse a alguns jornais e televisões, isto é, que estava pronta para trabalhar em qualquer coisa; a Adélia e o Pedro tinham data para começar e foram para a Sertã sem nada dizerem; o Daniel, a Diane e a Regiane optaram por também ir viver para a Sertã, mas em Agosto vieram pedir para trabalhar no Centro de Acolhimento. Iniciariam a 1 de Setembro mas foi através da Presidente da Junta de Freguesia que soube que afinal não viriam, pois tinham regressado ao Brasil. Estava a contar com eles e nem avisaram!”
Face a algumas atitudes e críticas destas pessoas, a Presidente da Junta diz não as compreender, “(…) pois só conseguiram a legalização porque foi através da Câmara.”
Perante todos os acontecimentos, a Câmara Municipal de Vila de Rei não tem dúvidas de que o que falhou neste processo não foi a sua organização mas a vontade das pessoas que vieram…
Esse vídeo circula no YouTube e fala sobre o "Embuste de Vila de Rei', local para onde foram se aventurar as familias maringaenses em terras portuguesas, na tentativa da prefeitura local em repovoar a região. Tudo fracassou. No site oficial da Prefeitura de Vila de Rei, há a seguinte nota de esclarecimento sobre o caso.
Esclarecimento sobre a vinda dos Brasileiros
2006-10-19
Perante as informações que têm vindo a público através da Comunicação Social, a Câmara Municipal de Vila de Rei pretende prosseguir com alguns esclarecimentos.
A selecção dos candidatos foi efectuada pela Prefeitura de Maringá. A esta autarquia coube a elaboração dos contratos e todo o processo de legalização (em Portugal), através do Gabinete de Apoio ao Emigrante.
O prometido foi efectivamente cumprido: habitação, alimentação e emprego. Quanto a este último, o início foi apenas possível após ultimado o processo de legalização e, portanto, ultrapassadas as burocracias àquele adjacentes. Assim, é com grande admiração que toma conhecimento das declarações proferidas à Comunicação Social por parte de alguns beneficiários do projecto.
Foram oferecidas 3 casas para habitar, em São João do Peso - a que ocuparam e duas na antiga escola primária da freguesia (adaptada pela Câmara Municipal para o efeito). Segundo uma das beneficiárias – Letícia Duarte – “Fomos nós que optamos por ficar juntos na casa grande”. Aliás, é a própria que afirma não se rever nas críticas feitas à Câmara. “O Pedro e a Cecília não aceitaram o que lhes foi oferecido, nomeadamente no Centro de Acolhimento.” Em sua opinião, relativamente a Daniel, Regiane e Diane Padilha “(…) faltou maturidade. Não estavam habituados a viver longe da família e a fazer sacrifícios”. Quanto a Cecília Fraga, refere que não tem conhecimento do que lhe foi prometido, mas tem a certeza de que veio com um estatuto diferente de qualquer dos outros. “A Cecília queixa-se por ser sozinha, mas ela já sabia que ía estar sozinha com os filhos!”. Em relação ao Pedro e Adélia Oliveira, a esta última foi oferecido um emprego na área de que gosta e um pouco melhor remunerado, embora num Concelho vizinho. “Aceitou, até porque tem que garantir o sustento da sua família”
Em entrevista a jornais e televisões, Cecília Fraga diz que a Autarquia não lhes deu qualquer apoio e que o filho nem sequer teve vaga na Creche… A edil do Município não se coíbe de referir que tanto o filho de Cecíla como o de Pedro frequentaram a sala de Jardim de Infância criada pela Câmara para colmatar a falta de vagas no Jardim de Infância oficial. Não eram as únicas crianças inscritas e a frequentar. A Cecília, sem qualquer justificação ou sequer informação, transferiu-o para o particular. Chegou mesmo a dizer à Socióloga da Câmara, quando esta a interpelou sobre a razão da transferência, que o pai do Arthur lhe pagaria todas as despesas de educação, assim como o pai de Rebeca, pois ambos estavam bem de vida.
Quanto às dificuldades financeiras da jornalista, a sua compatriota refere ainda que “Se está na situação que diz é porque quer. Eu também vi muitas casas bonitas mas tive que alugar uma que pudesse pagar. A escola das crianças sei que é o pai delas que suporta; não é uma despesa dela.”. É do conhecimento geral que a D. Cecília possui dívidas (entre as quais se contabiliza uma de mais de 1000 euros à PT (Internet) – informação da própria), porém também é do conhecimento geral que foram contraídas pelo facto de pretender “dar o passo maior do que a perna”.
Letícia Duarte, em relação ao apoio da Câmara, refere que “(…) sempre que fosse necessário a autarquia estivesse sempre disponível, tanto com Técnicos como com transporte.”
Em termos laborais, todos sabiam que vinham trabalhar para uma IPSS, que com eles estava a contar. A burocracia do processo de legalização fez com que necessitassem trabalhar, enquanto este não se definisse, numa unidade hoteleira, a Albergaria D. Dinis. Esta adquiriu propositadamente uma carrinha de 9 lugares (Hyndai – 42-21-LI) para as suas deslocações. “Sempre foi do nosso conhecimento que ganharíamos 400 €” (Letícia Duarte), porém, refere o gerente da Albergaria, Hélder Marçal, “Pagávamos-lhes acima do salário mínimo e, aos 3 adultos que foram viver e trabalhar nos restaurantes da Sertã, o alojamento. A todos garantíamos as refeições. Nunca passaram fome nem sequer faziam horas a mais.”
Estando a contar com estas pessoas para trabalhar, à Directora-técnica da IPSS nunca foi dada qualquer justificação para não irem. “A Cecília desde sempre praticamente se recusou a trabalhar aqui, contrariando o que disse a alguns jornais e televisões, isto é, que estava pronta para trabalhar em qualquer coisa; a Adélia e o Pedro tinham data para começar e foram para a Sertã sem nada dizerem; o Daniel, a Diane e a Regiane optaram por também ir viver para a Sertã, mas em Agosto vieram pedir para trabalhar no Centro de Acolhimento. Iniciariam a 1 de Setembro mas foi através da Presidente da Junta de Freguesia que soube que afinal não viriam, pois tinham regressado ao Brasil. Estava a contar com eles e nem avisaram!”
Face a algumas atitudes e críticas destas pessoas, a Presidente da Junta diz não as compreender, “(…) pois só conseguiram a legalização porque foi através da Câmara.”
Perante todos os acontecimentos, a Câmara Municipal de Vila de Rei não tem dúvidas de que o que falhou neste processo não foi a sua organização mas a vontade das pessoas que vieram…
quarta-feira, outubro 25, 2006
TOLEDO
sexta-feira, outubro 20, 2006
GOLFE_99
Campeonato de Golfe em Maringá (Paraná) com radialistas e jornalistas em 1999. Matéria da TV Tibagi (SBT). |
quarta-feira, outubro 18, 2006
terça-feira, outubro 17, 2006
sexta-feira, outubro 13, 2006
FABIO DINIZ
Recebi uma nova carta (via correio) do radialista petropolitano Fábio Diniz. Ele mantém comigo uam estranha troca de correspondência em que literalmente não há troca de correspondência. Explico: ele escreve e eu não respondo (preguiça mesmo). Mas adoro receber a correspondência dele! Assim, fico por dentro do que está rolando em Petrópolis e redondezas. Na foto, Fabio Diniz, a Léia, eu (acreditem, sou eu mesmo!) e a Ana. Abraços e beijos em todos
terça-feira, outubro 10, 2006
Ed Lincoln.
powered by ODEO
Na minha infância, em Petrópolis, sempre lia faixas em clubes dos bairros com as atrações do final de semana. Uma das atrações constantes era a de Ed Lincoln. Quem diria! Hoje os discos dele são disputados a tapa e cotados em dolar, vendido no mercado europeu. Confira Palladium. Basta apertar o 'play' acima.
domingo, outubro 08, 2006
A VERDADE SOBRE O SENADINHO
sábado, outubro 07, 2006
AQUARIUS
Click here to watch "hair-in-potuguese"">
Ouça Aquarius, da peça teatral Hair . Versão brasileira de 1969.
Ouça Aquarius, da peça teatral Hair . Versão brasileira de 1969.
domingo, outubro 01, 2006
sábado, setembro 30, 2006
MORTE NO AVIÃO
Aos passageiros e tripulantes da Gol e dessa nave mãe chamada Terra...
(Carlos Drummond de Andrade)
Acordo para a morte.
Barbeio-me, visto-me, calço-me.
É meu último dia: um dia
cortado de nenhum pressentimento.
Tudo funciona como sempre.
Saio para a rua. Vou morrer.
Não morrerei agora. Um dia
inteiro se desata à minha frente.
Um dia como é longo. Quantos passos
na rua, que atravesso. E quantas coisas
no tempo, acumuladas. Sem reparar,
sigo meu caminho. Muitas faces
comprimem-se no caderno de notas.
Visito o banco. Para que
esse dinheiro azul se algumas horas
mais, vem a polícia retirá-lo
do que foi meu peito e está aberto?
Mas não me vejo cortado e ensangüentado.
Estou limpo, claro, nítido, estival.
Não obstante caminho para a morte.
Passo nos escritórios. Nos espelhos,
nas mãos que apertam, nos olhos míopes, nas bocas
que sorriem ou simplesmente falam eu desfilo.
Não me despeço, de nada sei, não temo:
a morte dissimula
seu bafo e sua tática.
Almoço. Para quê? Almoço um peixe em outro e creme.
É meu último peixe em meu último
garfo. A boca distingue, escolhe, julga,
absorve. Passa música no doce, um arrepio
de violino ou vento, não sei. Não é a morte.
É o sol. Os bondes cheios. O trabalho.
Estou na cidade grande e sou um homem
na engrenagem. Tenho pressa. Vou morrer.
Peço passagem aos lentos. Não olho os cafés
que retinem xícaras e anedotas,
como não olho o muro de velho hospital em sombra.
Nem os cartazes. Tenho pressa. Compro um jornal. É pressa,
embora vá morrer.
O dia na sua metade já rota não me avisa
que começo também a acabar. Estou cansado.
Queria dormir, mas os preparativos. O telefone.
A fatura. A carta. Faço mil coisas
que criarão outras mil, aqui, além, nos Estados Unidos.
Comprometo-me ao extremo, combino encontros
a que nunca irei, prununcio palavras vãs,
minto dizendo: até amanhã. Pois não haverá.
Declino a tarde, minha cabeça dói, defendo-me,
a mão estende um comprimido: a água
afoga a menos que dor, a mosca,
o zumbido... Disso não morrerei: a morte engana,
como um jogador de futebol a morte engana,
como os caixeiros escolhe
meticulosa, entre doenças e desastres.
Ainda não é a morte, é a sombra
sobre edifícios fatigados, pausa
entre duas corridas. Desfale o comércio de atacado,
vão repousar os engenheiros, os funcionários, os pedreiros.
Mas continuam vigilantes os motoristas, os garçons,
mil outras profissões noturnas. A cidade
muda de mão, num golpe.
Volto à casa. De novo me limpo.
Que os cabelos se apresentem ordenados
e as unhas não lembrem a antiga criança rebelde.
A roupa sem pó. A mala sintética.
Fecho meu quarto. Fecho minha vida.
O elevador me fecha. Estou sereno.
Pela última vez miro a cidade.
Ainda posso decidir, adiar a morte,
não tomar esse carro. Não seguir para.
Posso voltar, dizer: amigos,
esqueci um papel, não há viagem,
ir ao cassino, ler um livro.
Mas tomo o carro. Indico o lugar
onde algo espera. O campo. Refletores.
Passo entre mármores, vidro, aço cromado.
Subo uma escada. Curvo-me. Penetro
no interior da morte.
A morte dispôs poltronas para o conforto
da espera. Aqui se encontram
os que vão morrer e não sabem.
Jornais, café, chicletes, algodão para o ouvido,
pequenos serviços cercam de delicadeza
nossos corpos amarrados.
Vamos morrer, já não é apenas
meu fim particular e limitado,
somos vinte a ser destruídos,
morreremos vinte,
vinte nos espatifaremos, é agora.
Ou quase. Primeiro a morte particular,
restrita, silenciosa, do indivíduo.
Morro secretamente e sem dor,
para viver apenas como pedaço de vinte,
e me incorporo todos os pedaços
dos que igualmente vão parecendo calados.
Somos um em vinte, ramalhete
dos sopros robustos prestes a desfazer-se.
E pairamos,
frigidamente pairamos sobre os negócios
e os amores da região.
Ruas de brinquedo se desmancham,
luzes se abafam; apenas
colchão de nuvens, morres se dissolvem,
apenas
um tubo de frio roça meus ouvidos,
um tubo que se obtura: e dentro
da caixa iluminada e tépida vivemos
em conforto e solidão e calma e nada.
Vivo
meu instante final e é como
se vivesse há muitos anos
antes e depois de hoje,
uma contínua vida irrefrável,
onde não houvesse pausas, sonos,
tão macia na noite é esta máquina e tão facilmente ela corta
blocos cade vaz maiores de ar.
Sou vinte na máquina
que suavemente respira,
entre placas estelares e remotos sopros de terra,
sinto-me natural a milhares de metro de altura,
nem ave nem mito,
guardo consciência de meus poderes,
e sem mistificação eu vôo,
sou um corpo voante e conservo bolsos, relógios, unhas,
ligado à terra pela memória e pelo costume dos músculos,
carne em breve explodindo.
Ó brancura, serenidade sob a violência
da morte sem aviso prévio,
cautelosa, não obstante irreprimível aproximação de um perigo atmosférico
golpe vibrado no ar, lâmina de vento
no pescoço, raio
choque estrondo fulguração
rolamos pulverizados
caio verticalmente e me transformo em notícia
Recado do Barbosinha: CLIQUE AQUI e ouça esse poema com o próprio Carlos Drummond de Andrade
(Carlos Drummond de Andrade)
Acordo para a morte.
Barbeio-me, visto-me, calço-me.
É meu último dia: um dia
cortado de nenhum pressentimento.
Tudo funciona como sempre.
Saio para a rua. Vou morrer.
Não morrerei agora. Um dia
inteiro se desata à minha frente.
Um dia como é longo. Quantos passos
na rua, que atravesso. E quantas coisas
no tempo, acumuladas. Sem reparar,
sigo meu caminho. Muitas faces
comprimem-se no caderno de notas.
Visito o banco. Para que
esse dinheiro azul se algumas horas
mais, vem a polícia retirá-lo
do que foi meu peito e está aberto?
Mas não me vejo cortado e ensangüentado.
Estou limpo, claro, nítido, estival.
Não obstante caminho para a morte.
Passo nos escritórios. Nos espelhos,
nas mãos que apertam, nos olhos míopes, nas bocas
que sorriem ou simplesmente falam eu desfilo.
Não me despeço, de nada sei, não temo:
a morte dissimula
seu bafo e sua tática.
Almoço. Para quê? Almoço um peixe em outro e creme.
É meu último peixe em meu último
garfo. A boca distingue, escolhe, julga,
absorve. Passa música no doce, um arrepio
de violino ou vento, não sei. Não é a morte.
É o sol. Os bondes cheios. O trabalho.
Estou na cidade grande e sou um homem
na engrenagem. Tenho pressa. Vou morrer.
Peço passagem aos lentos. Não olho os cafés
que retinem xícaras e anedotas,
como não olho o muro de velho hospital em sombra.
Nem os cartazes. Tenho pressa. Compro um jornal. É pressa,
embora vá morrer.
O dia na sua metade já rota não me avisa
que começo também a acabar. Estou cansado.
Queria dormir, mas os preparativos. O telefone.
A fatura. A carta. Faço mil coisas
que criarão outras mil, aqui, além, nos Estados Unidos.
Comprometo-me ao extremo, combino encontros
a que nunca irei, prununcio palavras vãs,
minto dizendo: até amanhã. Pois não haverá.
Declino a tarde, minha cabeça dói, defendo-me,
a mão estende um comprimido: a água
afoga a menos que dor, a mosca,
o zumbido... Disso não morrerei: a morte engana,
como um jogador de futebol a morte engana,
como os caixeiros escolhe
meticulosa, entre doenças e desastres.
Ainda não é a morte, é a sombra
sobre edifícios fatigados, pausa
entre duas corridas. Desfale o comércio de atacado,
vão repousar os engenheiros, os funcionários, os pedreiros.
Mas continuam vigilantes os motoristas, os garçons,
mil outras profissões noturnas. A cidade
muda de mão, num golpe.
Volto à casa. De novo me limpo.
Que os cabelos se apresentem ordenados
e as unhas não lembrem a antiga criança rebelde.
A roupa sem pó. A mala sintética.
Fecho meu quarto. Fecho minha vida.
O elevador me fecha. Estou sereno.
Pela última vez miro a cidade.
Ainda posso decidir, adiar a morte,
não tomar esse carro. Não seguir para.
Posso voltar, dizer: amigos,
esqueci um papel, não há viagem,
ir ao cassino, ler um livro.
Mas tomo o carro. Indico o lugar
onde algo espera. O campo. Refletores.
Passo entre mármores, vidro, aço cromado.
Subo uma escada. Curvo-me. Penetro
no interior da morte.
A morte dispôs poltronas para o conforto
da espera. Aqui se encontram
os que vão morrer e não sabem.
Jornais, café, chicletes, algodão para o ouvido,
pequenos serviços cercam de delicadeza
nossos corpos amarrados.
Vamos morrer, já não é apenas
meu fim particular e limitado,
somos vinte a ser destruídos,
morreremos vinte,
vinte nos espatifaremos, é agora.
Ou quase. Primeiro a morte particular,
restrita, silenciosa, do indivíduo.
Morro secretamente e sem dor,
para viver apenas como pedaço de vinte,
e me incorporo todos os pedaços
dos que igualmente vão parecendo calados.
Somos um em vinte, ramalhete
dos sopros robustos prestes a desfazer-se.
E pairamos,
frigidamente pairamos sobre os negócios
e os amores da região.
Ruas de brinquedo se desmancham,
luzes se abafam; apenas
colchão de nuvens, morres se dissolvem,
apenas
um tubo de frio roça meus ouvidos,
um tubo que se obtura: e dentro
da caixa iluminada e tépida vivemos
em conforto e solidão e calma e nada.
Vivo
meu instante final e é como
se vivesse há muitos anos
antes e depois de hoje,
uma contínua vida irrefrável,
onde não houvesse pausas, sonos,
tão macia na noite é esta máquina e tão facilmente ela corta
blocos cade vaz maiores de ar.
Sou vinte na máquina
que suavemente respira,
entre placas estelares e remotos sopros de terra,
sinto-me natural a milhares de metro de altura,
nem ave nem mito,
guardo consciência de meus poderes,
e sem mistificação eu vôo,
sou um corpo voante e conservo bolsos, relógios, unhas,
ligado à terra pela memória e pelo costume dos músculos,
carne em breve explodindo.
Ó brancura, serenidade sob a violência
da morte sem aviso prévio,
cautelosa, não obstante irreprimível aproximação de um perigo atmosférico
golpe vibrado no ar, lâmina de vento
no pescoço, raio
choque estrondo fulguração
rolamos pulverizados
caio verticalmente e me transformo em notícia
Recado do Barbosinha: CLIQUE AQUI e ouça esse poema com o próprio Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, setembro 29, 2006
RECEITA DO SAMBA
Novidade para esse final de ano aos amigos do Bar do Bulga.
Tá no forno o novo CD do Grupo Receita do Samba. Deversos estilos de samba como samba canção, partido alto, balanço e enredo. Como no CD anterior, teremos participações especiais, ainda surpresas.
Músicas :
Mel de Todos os Sabores ( Nando Cordel )-1° samba da gloriosa carreira de Nando, especialmente para o R.S.
Tamanha Insensatez ( Capri / Mauro Madureira )
Festa da Vovó ( Helington Lopes / Mariza Poltronieri )/ Velhinha Danada ( Helington Lopes / Almir Guineto)
Cabrito na Horta ( Helington Lopes /Claudio Viola/ Antonio Roberto de Paula )
Os Bêbados ( Isaac Cândido/ Marcus Dias)
Bar Doce Lar ( Helington Lopes)
Moleque Robinho ( Helington Lopes/Celso Corrêa)
O Pau Comeu ( Joãozinho Batuqueiro )
Linguagem dos Anjos ( Helington Lopes )
Sonhei com Minha Sogra ( Zé Alexandre )
Simplesmente Rê ( Ronaldo Gravino / Ana Paula Rodriguez)
Papo de Veludo ( Pablo Souza/Carlinhos Paixão/Willian Nazário)
Muita Calma Nessa Hora ( Helington Lopes)
O Receita se apresenta aos sábados no Bar do Vermelho e as 5ªs no Mpb Bar, com o Grupo Pau Brasil ( forró), na Noite do Remelexo.
Mês que vem , inicia novo projeto, via Sesc, inicialmente para Guarapuava , dia 27/10 e Uumuarama (31/10)
Forte abraço e sucesso sempre!!!!
Helington Lopes
www.receitadosamba.com.br
Tá no forno o novo CD do Grupo Receita do Samba. Deversos estilos de samba como samba canção, partido alto, balanço e enredo. Como no CD anterior, teremos participações especiais, ainda surpresas.
Músicas :
Mel de Todos os Sabores ( Nando Cordel )-1° samba da gloriosa carreira de Nando, especialmente para o R.S.
Tamanha Insensatez ( Capri / Mauro Madureira )
Festa da Vovó ( Helington Lopes / Mariza Poltronieri )/ Velhinha Danada ( Helington Lopes / Almir Guineto)
Cabrito na Horta ( Helington Lopes /Claudio Viola/ Antonio Roberto de Paula )
Os Bêbados ( Isaac Cândido/ Marcus Dias)
Bar Doce Lar ( Helington Lopes)
Moleque Robinho ( Helington Lopes/Celso Corrêa)
O Pau Comeu ( Joãozinho Batuqueiro )
Linguagem dos Anjos ( Helington Lopes )
Sonhei com Minha Sogra ( Zé Alexandre )
Simplesmente Rê ( Ronaldo Gravino / Ana Paula Rodriguez)
Papo de Veludo ( Pablo Souza/Carlinhos Paixão/Willian Nazário)
Muita Calma Nessa Hora ( Helington Lopes)
O Receita se apresenta aos sábados no Bar do Vermelho e as 5ªs no Mpb Bar, com o Grupo Pau Brasil ( forró), na Noite do Remelexo.
Mês que vem , inicia novo projeto, via Sesc, inicialmente para Guarapuava , dia 27/10 e Uumuarama (31/10)
Forte abraço e sucesso sempre!!!!
Helington Lopes
www.receitadosamba.com.br
MTV
quinta-feira, setembro 28, 2006
PARDAL
Velhos tempos... O fotógrafo Aldemir de Moraes (o eterno Pardal)
Recado do Barbosinha: Foto tirada no Hospital Universitário de Maringá pelo saudoso fotógrafo Carlos Santos em 1998. Os dois faziam uma matéria.
quarta-feira, setembro 27, 2006
POROROCA DE JORNALISTAS
ET
FRONDOSA
Recebi a seguinte mensagem do grande Sr. Antonio de Paula:
Marcelo, tirei algumas fotos da "Frondosa" no último domingo (24), sob o
sol das 10 da manhã. A qualidade não é lá essas coisas porque estou me
adaptando à máquina... Um abraço.. De Paula (Da Sociedade Amigos da
Frondosa e de Outras Tantas Árvores de Maringá Menos Famosas)
Recado do Barbosinha - A Frondosa fica no Bosque 2, em frente ao Teatro Marista, em Maringá
segunda-feira, setembro 25, 2006
Encontros Culturais
Programa Encontros culturais comandado por Flor Duarte, atual secretária de Cultura de Maringá. Foi por volta de 2000. |
sábado, setembro 23, 2006
CBN MARINGÁ 1998
E já faz algum tempo. Assim foi a publicidade da abertura da rádio CBN em Maringá. Foi em outubro de 1998. |
quarta-feira, setembro 20, 2006
terça-feira, setembro 19, 2006
Chega de Mágoa
Tente adivinhar quem está cantando cada parte.
Musica foi lançada em compacto simples em 1984 para ajudar as vitimas da seca no nordeste. É um barato. Nossa versão para "We´re the world" ">
Musica foi lançada em compacto simples em 1984 para ajudar as vitimas da seca no nordeste. É um barato. Nossa versão para "We´re the world" ">
sexta-feira, setembro 08, 2006
PROGRAMA PANORAMA
Jairo Gianoto analisa seus 6 primeiros meses de governo em Maringá no programa Panorama do Canal Cem, em 1997. Eu havia acabado de chegar em Maringá. Fiz duas perguntas. |
terça-feira, setembro 05, 2006
TRAPEZISTA
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