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quinta-feira, fevereiro 21, 2019

Cinema Rian

O único Presidente da República a se casar durante o exercício de suas funções, Hermes da Fonseca, casou-se com uma petropolitana, a caricaturista Nair de Teffé, em 8 de dezembro de 1914, no Palácio Rio Negro, localizado na Avenida Koeler, no centro de Petrópolis. Ela fundou o  Cinema Rian  em 28 de novembro de 1932 no Rio de Janeiro e demolido em 16 de dezembro de 1983.






Era um dos cinemas mais bem conceituados do Rio de Janeiro. Sua sede era privilegiada, pois localizava-se à frente do oceano Atlântico, na avenida Atlântica, 2965, em Copacabana
Foi-lhe dado este nome - Rian  (Nair de trás para frente) -, pois o mesmo é o pseudônimo da sua então proprietária e fundadora, Nair de Tefé.

Nonato Buzar e Chico Anísio compuseram uma música chamada Rio Antigo, em que homenageiam a cidade como era até a década de 1950. Em um dos trechos eles citam o cinema Rian:
O cinema Rian também é citado numa música cujo nome também o cita: a Matinê no Rian, composta pela banda brasileira João Penca e Seus Miquinhos Amestrados. Em um dos trechos eles citam o cinema Rian:
Anexo ao cine Rian existiu o melhor restaurante francês do Rio de Janeiro, chamava-se La Cremailleurs. Também foi no Rian que foi dançado pela primeira vez o Rock and Roll, durante a apresentação do filme No Balanço das Horas com Elvis Presley. A jovem platéia não resistiu e saiu dançando pelos corredores.
(Fonte : Wikipédia


RIP Peter Tork


Peter Halsten Thorkelson (13 de fevereiro de 1942 — 21 de fevereiro de 2019),
Peter Tork, baixista e cantor do Monkees, morre aos 77 anos. Tork foi diagnosticado com um raro câncer de língua em 2009. 

O Monkees lançou sucessos como "Last train to Clarksville" e "I'm a believer". A banda também deu origem a um famoso programa de TV e ao filme "Os Monkees estão soltos", de 1968. 
 O grupo foi criado para estrelar um programa da rede NBC. 
Eram os rivais dos Beatles nos Estados Unidos. 

Os quatro atores foram aprendendo a tocar seus instrumentos no decorrer da primeira temporada e lançaram nove álbuns entre 1966 e 1970. O fim da banda foi anunciado em 1970, mas eles retornaram em quatro períodos: entre 1986 e 1989; 1993 e 1997; em 2001 e também em 2011. 


O Monkees tinha em sua formação original Micky  mais conhecido como Peter Tork, foi um músico e ator estadunidense. Dolenz (voz e bateria), Peter Tork (baixo, teclado e voz), Mike Nesmith (voz e guitarra) e  Davy Jones (voz, morto em 2012).


Boneco de Peter Tork


Peter Tork em 2016







quarta-feira, fevereiro 20, 2019

Ecos from Don´t Bother to Knock (1952)

Nota: o diretor  Roy Ward Baker  faria carreira depois nos estúdios Hammer, especializado em 
terror gótico.  

Kerouac

“Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.”

Jack Kerouac



Villa Lobos - Bachiana nº 5 pior Amel Brahim

Nº 5 de las Bachianas Brasileiras de Heitor Villa-Lobos, interpretada por Amal Brahim Djelloul (soprano) Gautier Capuçon (cello) Orchestre Du Violon Sur Le Sable (Les films Jack Febus)


A arte de John Brosio

Uma  mistura de ludico  e terror genuíno nessas pinturas do artista californiano John Brosio (1967)..






terça-feira, fevereiro 19, 2019

Os filmes mais assustadores segundo Scorsese





Depois de arrepiar seus fãs com os títulos Cabo do Medo(1991) e Ilha do Medo (2010), o diretor Martin Scorsese divulgou sua lista pessoal com onze filmes que considera os mais assustadores. O ranking foi divulgado pelo site Daily Beast. 
O cineasta, que é um cinéfilo assumido, mostra que tem queda por clássicos, o filme mais novo da lista completa mais de 30 anos,  O Enigma do Mal (1982). A lista é para os fãs do gênero e cinéfilos que querem conhecer os clássicos do terror/horror.
1- Desafio ao Além (1963), de Robert Wise
2- A Ilha dos Mortos (1945), de Mark Robson
3- O Solar das Almas Perdidas (1944), de Lewis Allen
4- O Enigma do Mal (1982), de Sidney J. Furie
5- Na Solidão da Noite (1945), de Alberto Cavalcanti, Charles Crichton, Basil Dearden e Robert Hamer
6- Intermediário do Diabo (1980), de Peter Medak
7- O Iluminado (1980), de Stanley Kubrick
8- O Exorcista (1973), de William Friedkin
9- A Noite do Demônio (1957), de Jacques Tourneur
10- Os Inocentes (1961), de Jack Clayton
11- Psicose (1960), de Alfred Hitchcock
Fonte : Cinemascope

segunda-feira, fevereiro 18, 2019

Petrópolis, refúgio de escritores


Publicado originalmente no jornal Tribuna de Petrópolis em 01/03/2002
Autor;  Josemir Medeiros


Petrópolis, refúgio de escritores


Stefan Zweig e a esposa 

Stefan Zweig, Gabriela Mistral, Elizabeth Bishop, Alceu do Amoroso Lima e até Manuel Bandeira são alguns dos nomes famosos da literatura que têm ligação com Petrópolis, seja como moradores fixos ou eventuais.


A realização da 1ª Bienal do Livro de Petrópolis, que começa na próxima sexta-feira, 8 de março, é um bom momento para lembrarmos a tradição que a cidade tem para atrair escritores famosos. O austríaco Stefan Zweig subiu a serra em 1942, fugindo do nazismo e acabou suicidando-se em Petrópolis, há exatos 60 anos. A poeta chilena Gabriela Mistral recebeu aqui a notícia de que havia sido escolhida como ganhadora do Prêmio Nobel, em 1945. Outra poeta, a norte-americana Elizabeth Bishop, refugiava-se numa casa no bairro da Samambaia e a cidade ainda mereceu a atenção de nomes como o de Manoel Bandeira, que escreveu sobre o bairro onde passava temporadas, “Noturno da Mosela”, localidade escolhida também pelo pensador católico Alceu de Amoroso Lima.

Stefan Zweig, que nasceu em Viena, na Áustria, em 1881, era acima de tudo um humanista, ousando defender suas idéias humanitárias até mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, o que acabou lhe obrigando a fugir do Nazismo na Europa, desembarcando no Brasil, sendo acolhido pelo governo de Getulio Vargas.

Ao lado de sua mulher Lotte, escolheu viver em Petrópolis numa casa do bairro Valparaíso. Aqui produziu sua obra mais conhecida no país e também a mais polêmica: “Brasil, País do Futuro”, que muitos julgam ter sido feita sob encomenda do governo Vargas, como “pagamento” pela sua acolhida brasileira. Esta é apenas uma das muitas indagações sobre Zweig que continuam sem resposta, assim como a sua própria morte, no dia 23 de fevereiro de 1942, na casa do Valparaiso. Apesar de aparentemente se tratar de um suicídio - Zweig e a mulher Lotte morreram abraçados ao lado de um vidro de veneno e havia um bilhete de despedida - muitos acreditam que o escritor austríaco pode ter sido assassinado pela polícia secreta alemã.

Na rua Mosela, 289 fica a casa de Alceu de Amoroso Lima, o articulista e crítico literário que assinava seus trabalhos sob o pseudônimo de Tristão de Athayde. Bacharel em direito, Alceu de Amoroso Lima veio a falecer em sua casa de Petrópolis, em 1983, aos 90 anos de idade e a casa da serra onde passava os verões, acabou transformada no Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade (CAAL), entidade que tem a finalidade principal de divulgar a obra do seu antigo morador, que foi um incansável lutador em prol da liberdade ousando questionar regimes autoritários como o governo de Vargas, em 1940 e os militares de 1964.

Completando a lista de escritores famosos que escolheram Petrópolis para morar, a norte-americana Elizabeth Bishop que se dividia entre um sítio no bairro da Samambaia e um apartamento de frente para o mar, no Leme, Rio de Janeiro. Ao lado da arquiteta Carlota Macedo Soares, a Lota, que projetou o Parque do Flamengo, no Rio, a poeta americana vivia um assumido relacionamento homossexual e gostava tanto do seu refúgio petropolitano, uma casa projetada pelo arquiteto Sérgio Bernardes e premiada em 1954, que lamentava profundamente ter que sair da Samambaia para ficar no apartamento do Rio. 
elizabeth bishop


Nascida em Vicuña, no Chile, em 1889, com o nome de Lucila Godoy Alcayaga, a poeta Gabriela Mistral, adotou Petrópolis quando estava no Brasil ocupando o cargo de Consulesa Geral do Chile. Ela esteve por aqui até 1945, quando recebeu a notícia de que havia sido escolhida para receber o Prêmio Nobel de Literatura. Depois de deixar a cidade em direção à Suíça, para receber seu prêmio, Gabriela Mistral nunca mais voltou, mas deixou em Petrópolis um rico acervo de livros incorporado à biblioteca municipal, da qual era assídua freqüentadora e que hoje foi batizada com o seu nome.




Ecos from Piranha (1978)

Piranha
Original:Piranha
Ano:1978•
País:EUA
Direção:Joe Dante
Roteiro:Richard Robinson, John Sayles
Produção:Roger Corman, Jon Davison
Elenco:Bradford Dillman, Heather Menzies-Urich, Kevin McCarthy


Marcando a união entre dois grandes nomes do cinema fantástico americano, o lendário produtor Roger Corman (que segundo o site americano IMDB produziu 386 filmes) e o diretor Joe Dante (que no futuro realizaria GremlinsGrito de Horror e Viagem Insólita), Piranha segue à risca todas as regras da cartilha dos filmes B sobre animais geneticamente modificados: orçamento minúsculo, roteiro absurdo, elenco pouco inspirado, efeitos toscos, sangue, produtos químicos e muito oportunismo.
Na verdade, Piranha é uma espécie de refilmagem barata e não-autorizada de Tubarão, de Steven Spielberg – que  curiosamente não processou ninguém por plágio, muito pelo contrário, declarou publicamente que entre todas as cópias de Tubarão que viu, a versão de Joe Dante era a que mais tinha gostado. Alguns anos depois Spielberg e Dante estariam juntos em um dos filmes mais divertidos da década de 80: Gremlins (1984).   
(João Pires Neto - Boca do Inferno) 





quinta-feira, fevereiro 14, 2019

RIP Bibi Ferreira

Procópio Ferreira com a sua esposa, a bailarina espanhola Aída Izquierdo  1924.  Bibi Ferreira.


Abigail Izquierdo Ferreira - (Rio de Janeiro, 1 de junho de 1922 — Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 2019),



Tudo está na natureza encadeado e em movimento – cuspe, veneno, tristeza, carne, moinho, lamento, ódio, dor, cebola e coentro, gordura, sangue, frieza, isso tudo está no centro de uma mesma e estranha mesa. 
Misture cada elemento – uma pitada de dor, uma colher de fomento, uma gota de terror. 
O suco dos sentimentos, raiva, medo ou desamor, produz novos condimentos, lágrima, pus e suor, mas, inverta o segmento, intensifique a mistura, temperódio, lagrimento, sangalho com tristezura, carnento, venemoinho, remexa tudo por dentro, passe tudo no moinho, moa a carne, sangre o coentro, chore e envenene a gordura:
 você terá um ungüento, uma baba, grossa e escura, essência do meu tormento e molho de uma fritura de paladar violento que, engolindo, a criatura repara o meu sofrimento co'a morte, lenta e segura. 

Eles pensam que a maré vai, mas nunca volta. Até agora eles estavam comandando o meu destino e eu fui, fui, fui, fui recuando, recolhendo fúrias. Hoje eu sou onda solta e tão forte quanto eles me imaginam fraca. Quando eles virem invertida a correnteza, quero saber se eles resistem à surpresa, quero ver como eles reagem à ressaca.


Trecho da peça Gota D'água escrita por Chico Buarque e Paulo Pontes em 1977, encenada por Bibi Ferreira