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sábado, outubro 11, 2025

RIP Diane Keaton

matéria publicada em O Globo – 5 de outubro de 1993, assinada por Ana Maria Bahiana, sobre Diane Keaton:


Diane Keaton diz que Woody nunca se livrará dela
ANA MARIA BAHIANA
Correspondente
LOS ANGELES — Diane Keaton trabalhava com Woody Allen desde o início da década de 1970. Agora, está de volta à companhia do cineasta em Manhattan Murder Mystery (Mistério em Manhattan). A atriz, que há dez anos havia sido “substituída” por Mia Farrow, fala sobre o retorno ao convívio profissional com Allen e a nova fase de sua carreira.

O GLOBO — Desde então, vocês se viram de vez em quando?
DIANE KEATON — Sim, de vez em quando. E foi bom, sempre. Somos amigos há muito tempo.

O GLOBO — Há pessoas que acham que Woody Allen escreveu esse filme pensando em você.
DIANE KEATON — Não sei. Mas acho que o roteiro é excelente. E gostei muito de fazer. (Risos)

O GLOBO — Hollywood eletiza as atrizes com idade acima dos 35. Você, no entanto, está em plena atividade.
DIANE KEATON — (Risos) Verdade. Há muito tempo que a mulher madura deixou de ser um mistério. Não existe mais aquela coisa de “passou dos 40, acabou-se”. Hoje, há atrizes de 50, 55 anos — e excelentes. Veja a Meryl Streep, por exemplo.

O GLOBO — Você crê que isso reflete uma mudança de mentalidade em Hollywood?
DIANE KEATON — Acho que sim. Acho que somos todas otimistas. Acredito que o público quer ver histórias que reflitam o que realmente somos.

O GLOBO — Como você vê o quadro atual?
DIANE KEATON — Acho que 1993 foi um ano ótimo. Há muito otimismo, novas ideias.

O GLOBO — Há quem diga que você é a mulher ideal de Woody Allen.
DIANE KEATON — (Risos) Oh, meu Deus! Nunca me livrarei disso, não é? Mas é bom. É ótimo. Gosto dele, admiro-o demais.

O GLOBO — Ganhou o papel como?
DIANE KEATON — Havia uma ideia, eles me acharam perfeita. E foi ótimo voltar a trabalhar com Woody.

O GLOBO — Custou caro esse “reencontro”?
DIANE KEATON — (Risos) Não. Foi um reencontro muito feliz, nada custoso.


📰 O Globo, 5 de outubro de 1993 – Caderno de Cultura
Entrevista de Ana Maria Bahiana, enviada de Los Angeles, sobre o lançamento de Mistério em Manhattan (Manhattan Murder Mystery).



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