Criatura semelhante a um unicórnio com chifre brilhante. Nasce em terrenos úmidos e destrói tudo em seu caminho até o mar. É capturado apenas por bruxos conhecedores de magia. Seu chifre é curativo (reumatismo, anemia), mas em excesso pode causar loucura. Misturado a mel e chicha de maçã, restaura o vigor.
Essas figuras pertencem à mitologia chilota, especialmente do arquipélago de Chiloé, no sul do Chile. Com raízes indígenas (mapuche) mescladas à cosmovisão cristã colonial, esses mitos expressam:
Controle social e papéis de gênero (ex: Viuda e Trauco regulam sexualidade feminina e masculina);
O medo do sobrenatural, da natureza e do desconhecido (ex: Invunche, Fiura);
A presença de um mundo mágico paralelo, onde bruxos e seres fantásticos operam regras próprias;
Uma clara divisão entre "limpos" (puros, inocentes) e "bruxos" (desviantes, perigosos), refletindo tensões culturais.
A linguagem é vívida, sensorial, muitas vezes grotesca, revelando um imaginário coletivo profundamente ligado ao ambiente natural e à vida insular.

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