Iemanjá (by Augusto Herkenhoff)
terça-feira, fevereiro 02, 2016
segunda-feira, fevereiro 01, 2016
Três Horas de Petrópolis"
acreditem se quiser. Nos anos 60, a bucolica e historica Cidade Imperial era palco de corridas de rua. Multidões - sem nenhuma segurança - acompanhavam pelas calcadas. O piloto José Carlos Pace participava. A irresponsabilidade acabou na corrida "Três Horas de Petrópolis" em 21 de julho de 1968. Dois pilotos morreram nesta prova. Um deles, Sérgio Cardoso, dá o nome à rua onde minha sogra mora. Na imagens abaixo, dá pra ter uma ideia daquela loucura.
Dulcora
25/09/2005 21:55
Marcelo Bulgarelli
Não faz muito tempo que a garotada adorava um dropes especial. Ele vinha com um furo no meio e a brincadeira era tentar enfiar a língua enquanto se chupava a guloseima. Tempos depois, os publicitários explicaram qual era o marketing do buraco no dropes: além do design, os furinhos representavam cerca de 15% de economia para o produto.
Mas o maior sucesso, sem dúvida, foi o dropes Dulcora, o único "embrulhadinho um a um" . Ou seja: as balas não grudavam uma nas outras. Era o máximo do luxo e conforto, sobretudo no escurinho do cinema quando ninguém queria perder a atenção do filme devido a um mísero dropes.
A campanha publicitária do Dulcora foi realizada pelo então publicitário Bresser Pereira. Isso mesmo, aquele que já foi duas vezes ministro.
O rádio e a TV anunciavam: "Dulcora, Dulcora, Dulcora... a delícia que o paladar .... Adooora!... Dulcora, Dulcora, Dulcora... A delícia que o paladar adora!".
O drops foi pioneiro na embalagem sem contato manual Esse detalhe, há 20 ou 30 anos, era fundamental. E como eram embrulhados um a um, não derretiam no bolso. Curiosidades à parte, é que já estamos na terceira ou quarta geração dos que cresceram junto à publicidade.
E para os mais saudosistas, é bom lembrar que o anúncio do dropes Dulcora acontecia nos intervalos do seriado National Kid, um super-herói ícone dos quarentões. (Ou seja, não é da minha época...)
Marcelo Bulgarelli
Não faz muito tempo que a garotada adorava um dropes especial. Ele vinha com um furo no meio e a brincadeira era tentar enfiar a língua enquanto se chupava a guloseima. Tempos depois, os publicitários explicaram qual era o marketing do buraco no dropes: além do design, os furinhos representavam cerca de 15% de economia para o produto.
Mas o maior sucesso, sem dúvida, foi o dropes Dulcora, o único "embrulhadinho um a um" . Ou seja: as balas não grudavam uma nas outras. Era o máximo do luxo e conforto, sobretudo no escurinho do cinema quando ninguém queria perder a atenção do filme devido a um mísero dropes.
A campanha publicitária do Dulcora foi realizada pelo então publicitário Bresser Pereira. Isso mesmo, aquele que já foi duas vezes ministro.
O rádio e a TV anunciavam: "Dulcora, Dulcora, Dulcora... a delícia que o paladar .... Adooora!... Dulcora, Dulcora, Dulcora... A delícia que o paladar adora!".
O drops foi pioneiro na embalagem sem contato manual Esse detalhe, há 20 ou 30 anos, era fundamental. E como eram embrulhados um a um, não derretiam no bolso. Curiosidades à parte, é que já estamos na terceira ou quarta geração dos que cresceram junto à publicidade.
E para os mais saudosistas, é bom lembrar que o anúncio do dropes Dulcora acontecia nos intervalos do seriado National Kid, um super-herói ícone dos quarentões. (Ou seja, não é da minha época...)
1 de Fevereiro
Um almirante aos pedaços
Blas de Lezo nasceu em Guipúzcoa, em 1969.
Esse almirante da frota espanhola derrotou os piratas ingleses na costa peruana, rendeu a poderosa de Gênova, rendeu a cidade argelina de Orã e, em Cartagena das Índias, humilhou a armada britânica, lutando com muita astúcia e poucas naus.
Em suas vinte e duas batalhas, graças a um tiro de canhão perdeu uma perna, um estilhaço levou um de seus olhos e um tiro de mosquetão o deixou com um braço só.
Era chamado de Meio-homem.
Do livro Os Filhos Dos Dias - Eduardo Galeano
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Blas de Lezo |
Do livro Os Filhos Dos Dias - Eduardo Galeano
domingo, janeiro 31, 2016
Thunderbirds
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Ilha Secreta - brinquedo lançado no Brasil sobre os Thunderbirds. |
25/09/2005 21:27
Quem está faixa dos 40 deve se lembrar daquelas séries de aventuras protagonizadas por marionetes. Os personagens criados por Gerry Anderson viraram uma febre. Diariamente, a TV Tupi exibia um episódio de Joe 90, Capitão Escarlate e, principalmente, Thunderbirds. Eram as aventuras da família Tracy e seus fantásticos foguetes.
A turma era liderada pelo patriarca, o ex-astronauta Jeff Tracy. Ele comandava os cinco filhos e ainda contava com a agente Lady Penélope. Formavam a equipe do Resgate Internacional, uma organização secreta baseada em uma ilha. Realizava missões na terra, no ar, no mar e até no espaço. Melhor ainda, são os roteiros. Ação inteligente e sem exageros.
Mas os saudosistas têm o que comemorar. A MGM/Fox está lançando uma caixa dedicada à série, originalmente exibida entre 1965 e 66. De quebra, dois longas: Thunderbirds em Ação e Thunderbird 6'.
Em DVD, as cores e os cuidados cenográficos ganharam uma nova dimensão. Aliás, o trabalho é quase artesanal, a começar pelos bonecos que mediam 45 centímetros.
O DVD tem comentários do diretor, da produtora Sylvia Anderson, detalhes da produção e galeria de fotos animada. O preço que não é nada saudosista. A caixinha custa R$ 70, em média.
Thunderbirds are go, Intro
sábado, janeiro 30, 2016
Revista Recreio
A primeira versão da revista Recreio marcou época no início da década de 1970. Extremamente pedagógica, tinha histórias de grandes nomes da literatura infantil como Ruth Rocha. Muito legal também eram os brinquedos de papel com a "cidade de Recreio", o Circo e 'O Tesouro.
Topo Gigio
Ele foi uma febre em 1970 e ainda tentou retornar na década de 80, mas sem o mesmo resultado. Em 1969 o simpático ratinho Topo Gigio estreava no programa “Mister Show” da novata emissora Rede Globo. No comando do programa, Agildo Ribeiro sob a direção de Augusto Cesar Vannucci.
A presença de Agildo Ribeiro logo foi abafada diante da presença do falante Gigio. Ele cantava “Chove Chuva” de Jorge Benjor (na época, ainda Ben), “Meu Limão, Meu Limoeiro” e outros sucessos do final dos anos 60.
Topo Gigio era uma marionete de pano com 30 centímetros de altura, criada na Itália por Maria Perego. Daí o seu sotaque italiano. Teve diversas versões. Nos Estados Unidos, ganhou fama no programa de Ed Sulivann. Hoje, um brinquedo de Gigio daquela época é disputado a tapa em leilões da internet.
No Brasil, foi ídolo da criançada. Sua participação ao lado de Agildo durava apenas 15 minutos. As cenas eram gravadas previamente para não revelar os truques de manipulação. O momento máximo era despedida: Gigio sempre pedia “um beijinho de boa noite” balançando a perninha.
Porém, a turma do O Pasquim – jornal satírico e de oposição ao regime militar – não poupou o ratinho. Ziraldo e Cia achavam que Gigio era meio gay. Na verdade, a politização da redação do Pasquim jamais admitiria um personagem “direitinho” adotado pelas famílias de classe média num período tão negro da história.
Gigio se despediu no final de 1970, levando uma trouxinha no ombro. Choradeira geral diante da telinha. Voltaria em 1983 na Bandeirantes, sem o mesmo carisma.
A presença de Agildo Ribeiro logo foi abafada diante da presença do falante Gigio. Ele cantava “Chove Chuva” de Jorge Benjor (na época, ainda Ben), “Meu Limão, Meu Limoeiro” e outros sucessos do final dos anos 60.
Topo Gigio era uma marionete de pano com 30 centímetros de altura, criada na Itália por Maria Perego. Daí o seu sotaque italiano. Teve diversas versões. Nos Estados Unidos, ganhou fama no programa de Ed Sulivann. Hoje, um brinquedo de Gigio daquela época é disputado a tapa em leilões da internet.
No Brasil, foi ídolo da criançada. Sua participação ao lado de Agildo durava apenas 15 minutos. As cenas eram gravadas previamente para não revelar os truques de manipulação. O momento máximo era despedida: Gigio sempre pedia “um beijinho de boa noite” balançando a perninha.
Porém, a turma do O Pasquim – jornal satírico e de oposição ao regime militar – não poupou o ratinho. Ziraldo e Cia achavam que Gigio era meio gay. Na verdade, a politização da redação do Pasquim jamais admitiria um personagem “direitinho” adotado pelas famílias de classe média num período tão negro da história.
Gigio se despediu no final de 1970, levando uma trouxinha no ombro. Choradeira geral diante da telinha. Voltaria em 1983 na Bandeirantes, sem o mesmo carisma.
sexta-feira, janeiro 29, 2016
Há um pássaro azul no meu coração

Há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica aí dentro,
não vou deixar
ninguém ver-te.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu despejo whisky para cima dele
e inalo fumo de cigarros
e as putas e os empregados de bar
e os funcionários da mercearia
nunca saberão
que ele se encontra
lá dentro.
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado duro para ele,
e digo, fica escondido,
queres arruinar-me?
queres foder-me o
meu trabalho?
queres arruinar
as minhas vendas de livros
na Europa?
há um pássaro azul no meu coração
que quer sair
mas eu sou demasiado esperto,
só o deixo sair à noite
por vezes
quando todos estão a dormir.
digo-lhe, eu sei que estás aí,
por isso
não estejas triste.
depois,
coloco-o de volta,
mas ele canta um pouco lá dentro,
não o deixei morrer de todo
e dormimos juntos
assim
com o nosso
pacto secreto
e é bom o suficiente
para fazer um homem chorar,
mas eu não choro,
e tu?
Charles Bukowski BUKOWSKI, C., The Last Night of the Earth Poems, 1992.
Novela João da Silva
Uma novela didática. assim era "João da Silva" exibida entre 1973/74 pela Rede Globo e produzida pela TV Rio. Foi idealizada pelo Professor Gilson Amado (o criador da TV E).
A música tema foi criada por Jorge Mello. Nelson Xavier protagonizava a novela (que teve 100 episódios) fazendo par romântico com a atriz Maria Cristina Nunes (filha do roteirista de programas humorísticos Max nunes). Dentre os atores, a participação especial de Procópio Ferreira, pai de Bibi Ferreira. .
O música tema dizia:
"Bolsa tiracolo
chinelo de couro cru
Se ela fosse uma estrela
Eu seria o Cruzeiro do Sul"
A música tema foi criada por Jorge Mello. Nelson Xavier protagonizava a novela (que teve 100 episódios) fazendo par romântico com a atriz Maria Cristina Nunes (filha do roteirista de programas humorísticos Max nunes). Dentre os atores, a participação especial de Procópio Ferreira, pai de Bibi Ferreira. .
O música tema dizia:
"Bolsa tiracolo
chinelo de couro cru
Se ela fosse uma estrela
Eu seria o Cruzeiro do Sul"
quinta-feira, janeiro 28, 2016
Valisere
quarta-feira, janeiro 27, 2016
Geração Cocota
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Revista Manchete, 12 julho de 1975 |
25/09/2005 21:53
Marcelo Bulgarelli
De hippie, a jovem passou a ser cocota. Apenas um outro rótulo, o mais atualizado, para definir o estilo de vida adotado por adolescentes: o uso e abuso dos jeans, do tênis, da sandália havaiana, o gosto por atividades livres, como o surfe e a curtição do rock e das gírias.
E assim existiu uma geração de meninas da faixa de 15 anos que nos anos 70 foi cocota.
O modismo - ou comportamento - se espalhou em todo o país. Em Maringá, as cocotas durariam até o surgimento de discotecas como a Senzala, no final da década. Foi o momento de dar o lugar para a febre disco.
As cocotas tinham dificuldades para expressar opiniões. No máximo, emitiam interjeições:É isso aí. Podes crer. Não tá com nada.
Na matéria da revista Manchete, uma das cocotas tenta se explicar: cocota é o nome que deram às menininhas sofisticadinhas, cheias de preconceitos, que não tem nada a ver. "Não ter nada a ver" é uma das expressões mais usadas. Presume-se que o ouvinte já esteja ciente dos complementos - a ver com que?. E pelo visto, até hoje, não mudou nada.
terça-feira, janeiro 26, 2016
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